O vereador e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Várzea Grande Antonio Gonçalves Pedroso de Barros – o Maninho de Barros (PSD) assumiu na última terça-feira (30.10) a Prefeitura de Várzea Grande. Este é o quarto prefeito do município, em quatro anos. As mudanças prejudicaram a população várzea-grandense, principalmente nos setores da saúde, saneamento básico e infraestrutura.
Tudo iniciou logo no começo da administração do prefeito reeleito, Murilo Domingos (PR). O republicano se comprometeu a entregar o cargo para o vice, Sebastião dos Reis Gonçalves – Tião da Zaeli (PSD) em 2010, ano em que lançaria sua candidatura para deputado federal. Entretanto, Murilo Domingos descumpriu o acordo. Como válvula de escape, Murilo entregou a Tião da Zaeli o comando da Secretaria de Infraestrutura e Educação.
Durante o fim de 2010 e começo de 2011, Tião da Zaeli assumiu por diversas vezes a administração do Paço Couto Magalhães, devido uma série de licença médica de Murilo Domingos, que sofre com problemas cardíacos e ortopédicos.
Em maio de 2011, após investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito, expedida pela Câmara de Vereadores, Murilo Domingos e Tião da Zaeli foram afastados de suas funções. Na época, o presidente da Casa de Leis, vereador João Madureira (PSC) assumiu a Prefeitura. Durante os 45 dias que esteve no comando do Paço Couto Magalhães, Madureira anunciou a existência de cerca de 2 mil funcionários considerados "fantasmas", porém, deixou a chefia do Executivo, sem comprovar.
Mas, em agosto de 2011, quando Murilo Domingos foi cassado pelo juiz da Terceira Vara Especializada de Fazenda Pública, Onivaldo Budny por improbidade administrativa, Tião da Zaeli assumiu definitivamente a Prefeitura da cidade.
O juiz suspendeu os direitos políticos de Murilo Domingos por cinco anos e ainda condenou a pagar multa de 20 vezes o valor da remuneração mensal que recebia à época que causou prejuízo ao erário – por conta de contratação irregular na Abrassa (Associação Brasileira Profissionalizante, Cultural e de Preservação do Meio Ambiente).
Tião da Zaeli esteve à frente da Prefeitura por um ano e dois meses. Nesse período, o socialista conseguiu recuperar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras de saneamento básico, construiu novas creches, reestruturou o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) dos servidores da área de Saúde e Educação, realizou o concurso público municipal e empossou todos os aprovados, trouxe grandes empresas para o município, como a Lojas Havan e Supermercado Extra, criou o Centro De Especialidades Médicas (Postão) e retirou o alvará para construção do Shopping Center de Várzea Grande.
Apesar de ser candidato a reeleição, nas eleições municipais deste ano, Tião da Zaeli pretendia se eleger pelo povo, já que assumiu a Prefeitura da cidade por ação judicial. Entretanto, garantiu a terceira colocação, com 41.168 votos. O candidato eleito foi o médico Walace Guimarães (PMDB).
Faltando dois meses para término do mandato, Zaeli "jogou" a toalha, encerrou sua carreira política e entregou a Prefeitura nas mãos de Maninho de Barros. A decisão foi por conta da denúncia oferecida pelo ex-procurador do município, Antônio Carlos Kerting Roque. Na acusação, consta que Tião não teria se desincompatibilizado da administração de suas empresas em 2009 para assumir o cargo de vice-prefeito.
Com isso, restou Várzea Grande passar pela mão do 4º prefeito em apenas um mandato. Maninho assumiu as rédeas da administração municipal e tem o compromisso de deixar as contas pagas e organizar a transição para o início da gestão de Walace.
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