A vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT), em vídeo publicado em sua rede social, afirmou que está com “consciência tranquila” e de que não existe nenhuma prova de que ela teria se apropriado indevidamente da verba de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu.
Nessa quinta-feira (17.08), a Comissão de Ética e Decoro da Câmara Municipal de Cuiabá concluiu o processo disciplinar contra Edna e o relator do caso, vereador Kássio Coelho (Patriota), recomendou a cassação do mandato da parlamentar por apropriação indevida. Essa recomendação foi apoiada pelo presidente Rodrigo Arruda (Cidadania) e pelo vereador Wilson Kero Kero (Podemos), membros da comissão.
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Ao lado de servidoras mulheres de seu gabinete, Edna Sampaio disse que está “muito triste” sobre o pedido de cassação mesmo por ausência de provas no processo, e principalmente em razão deste mês ser o “Agosto Lilás”, que busca conscientização no combate à violência contra a mulher, e ela [Edna] acaba sendo vítima de “uma das piores violências que uma mulher pode sofrer dentro de um espaço da política”.
“Estou tranquilo sobre isso, em relação ao que eu fiz e o que tenho feito no nosso mandato, proposta e compromisso com a população que confia na atuação da vereadora Edna Sampaio. Eu só posso dizer para vocês que uma notícia como essa, em um processo longo como esse, em um caso de violência política de gênero. Hoje dia 17 de agosto, mês que estamos celebrando ou dando visibilidade à luta contra a violência contra a mulher, eu sou vítima de uma das piores violências que uma mulher pode sofrer dentro de um espaço da política. Um absurdo! Uma acusação infundada, resultado de uma denúncia com base em provas ilícitas. Provas que mesmo que fossem lícitas, não provariam absolutamente nada sobre o uso ilícito de recurso da verba indenizatória. Estou muito triste com isso sim, mas estou tranquila”, disse a vereadora.
A parlamentar pede que o plenário da Casa de Leis rejeite o relatório pela cassação. “Espero que meus pares, colegas, no plenário possam rechaçar essa decisão da Comissão de Ética. Se não houver isso, eu espero que a Justiça possa fazer justiça, porque não é possível que as mulheres ocupando espaços de poder tenham que conviver e sofrer tanta violência como esta que tenho sofrido aqui na Câmara Municipal”, declarou Edna.
Ela ainda pediu mobilização da população em prol dos vereadores rejeitarem a recomendação pela cassação, e que até o momento não teve acesso a íntegra do processo e nem o parecer da Comissão de Ética e que assim que acessar analisará quais medidas podem ser adotadas.
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