Depois de uma longa conversa a portas fechadas com o ex-presidente Lula, na última quarta-feira (24.07), em Salvador, a presidente Dilma Rousseff decidiu que não irá mexer em sua equipe sob pressão. O governo tem recebido diversas críticas da oposição e até do aliado PMDB tanto para cortar o número de ministérios (hoje são 39) quanto para mexer no comando de alguns deles. As principais apostas para deixar o governo são o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
Na conversa com Lula, ocorrida antes do evento em comemoração pelos dez anos do PT no governo, Dilma também conversou a respeito do racha entre petistas e peemedebistas. A presidente também pediu a Lula ajuda para "enquadrar" o PT, conforme reportagem d´O Estado de S.Paulo nesta sexta-feira, pois os parlamentares do partido não estariam, em sua avaliação, contribuindo para defender o governo e suas recentes propostas, a exemplo do plebiscito para a realização da reforma política.
Os dois líderes petistas teriam expressado contrariedade especificamente contra o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que publicamente defendeu a redução do número de ministérios de 39 para 25, numa entrevista à Folha de S.Paulo. Ao decidir não mexer em sua equipe sob pressão, Dilma tenta não mostrar fragilidade num momento em que a própria base alidada do governo enfrenta problemas. Lula teria apoiado a decisão. A expectativa é que sejam feitas trocas nos ministérios no final do ano ou no início de 2014.
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