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Política Segunda-feira, 06 de Fevereiro de 2017, 18:52 - A | A

Segunda-feira, 06 de Fevereiro de 2017, 18h:52 - A | A

suposto crime eleitoral

Deputado e vereador de VG não comparecem à audiência e defesa afirma que só “analfabetos” confundiram irmãos na urna

Lucione Nazareth/ VG Notícias

VG Notícias

Advogados

advogados Lourival Ribeiro e Lenine Póvoas

O juiz eleitoral Carlos José Rondon Luz ouviu nesta segunda-feira (06.02) o depoimento das testemunhas de defesa e acusação no processo eleitoral movido contra o vereador por Várzea Grande Ademar Jajah e seu irmão, deputado estadual Jajah Neves – ambos do PSDB, por suposto crime eleitoral.

O magistrado ouviu ao todo 10 testemunhas, sendo seis de acusação e quatro de defesa. Ademar Jajah e o seu irmão, Jajah Neves não compareceram à audiência para serem ouvidos.

O advogado Lourival Ribeiro, que defende os irmãos, disse que a Justiça Eleitoral não prevê oitivas de réus no caso em questão - utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social para fazer campanha eleitoral.

Sobre os depoimentos, Ribeiro disse que as testemunhas arroladas pela acusação foram “ensaiadas” para mentir, e que elas testemunharam apenas para favorecer o suplente de vereador Joaquim Antunes (PSDB). Ele apontou que em várias ocasiões as testemunhas se contradizem.

“Várias testemunhas encomendadas para mentir, e isso iremos provar nos autos. Elas foram ensaiadas para mentir, vieram e mentiram, cumpriram seu papel. Elas não acrescentaram em nada no processo”, acusou o advogado.

Já em relação às quatro testemunhas arrolados pela defesa, Lourival explicou que elas afirmaram que presenciaram santinhos de Ademar Jajah em frente aos locais de votação, mas que o material de campanha não influenciou em nada na hora de votar em seu candidato a vereador.

“Quando você vota, você digita o número, aparece o nome na urna eletrônica, a foto e nome do candidato. Se você não for analfabeto, você confirma se quiser, se não você cancela. Essa coisa de falar que está sendo induzido é uma brincadeira de mau gosto”.

Sobre a denúncia, o advogado admite o derramamento de santinho e afirmou que seu cliente desconhece que jogou. “Houve sim, isso é fato, o resto é delírio. Abuso do poder econômico, nada disso existiu. O Ademar Jajah não sabe quem derramou o santinho. O derrame aconteceu, e nesse caso é multa. Aplica-se multa e pronto”, justificou.

Já o advogado do suplente de vereador Joaquim Antunes, Lenine Póvoas, afirmou que em depoimento as testemunhas afirmaram que votaram no Ademar Jajah, mas pensando que era Jajah Neves.

“As pessoas disseram que votaram no Jajah Neves, mas que na hora da foto na urna apareceu a do Ademar, mas mesmo assim confirmaram o voto, porque tinha vontade de votar no Jajah Neves, ou seja, isso é fraude”, declarou Póvoas.

Lenine afirmou que as testemunhas arroladas pelos advogados de Ademar Jajah não são eleitores de Várzea Grande, e que elas não conseguiram explicar os fatos da denúncia.

Sobre a ausência de Ademar e de Jajah Neves, o advogado declarou: “Quem não tem o que temer poderia muito bem comparecer para ajudar à Justiça esclarecer os fatos. A Justiça Eleitoral não os obrigam a depor, mas se eles tivessem um pouquinho de respeito com os eleitores deles que estão sendo ludibriados, eles teriam comparecido à audiência”.

Entenda - Ademar Jajah e Jajah Neves são réus na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) proposta pelo primeiro suplente do PSDB, Joaquim Antunes de Souza. O suplente acusa Ademar Jajah de ter cometido suposta fraude eleitoral nas eleições de 2016, e ter utilizado indevidamente dos veículos ou meios de comunicação social para fazer campanha eleitoral.

Conforme Joaquim Antunes alega nos autos, Ademar Jajah aproveitou da popularidade de seu irmão (Jajah Neves) para tentar se promover e enganar os eleitores várzea-grandenses.

Segundo a denúncia, Ademar Jajah teria induzido os eleitores ao erro, ao derramar “santinhos” às vésperas das eleições de 2016 em locais de votação do município, com foto de seu irmão, apresentador e deputado Jajah Neves. Além disso, teria usado cor da camisa e número iguais ao de seu irmão na campanha de 2014 – quando Jajah Neves ficou com a primeira suplência de deputado estadual. O sobrenome “fictício” Jajah também teria sido inserido propositalmente para confundir o eleitorado.

A AIJE foi acatada em novembro de 2016, pela juíza da 20ª Zona Eleitoral Ester Belém. Na ocasião, a magistrada destacou que “tendo por objeto, em tese, a utilização indevida dos veículos ou meios de comunicação social, entendo que foram carreados elementos suficientes para abertura do procedimento investigatório, e, portanto, recebo a petição inicial”.

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