"A campanha 'Brasil Sem Misoginia' será debatida em audiência pública convocada pelo deputado estadual Valdir Barranco (PT) na segunda-feira (15.04), às 9h30, no Plenário da Assembleia Legislativa do Mato Grosso (ALMT). O evento, que contará com a participação da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, visa debater políticas públicas nacionais adaptadas à diversidade de realidades em Mato Grosso, com especial atenção às necessidades das mulheres locais.
"Este encontro representa um marco em nossa luta contínua por uma sociedade livre de misoginia. A presença da ministra Cida Gonçalves oferece uma oportunidade única para alinhar as políticas nacionais às demandas específicas do nosso Estado, assegurando que sejam reconhecidas e atendidas", afirmou o parlamentar.
O deputado Barranco destacou sua longa trajetória no enfrentamento à violência contra as mulheres e reforçou o compromisso deste ano em intensificar essa luta e a defesa dos direitos das mulheres. "Estamos empenhados em criar políticas públicas que reflitam nossas realidades e atendam às necessidades específicas de todas as mulheres, especialmente aquelas em situação de extrema vulnerabilidade", acrescentou.
A audiência pública é vista como um passo crucial para o avanço dos direitos das mulheres em Mato Grosso, proporcionando uma plataforma para que suas vozes sejam ouvidas e suas demandas, priorizadas. A iniciativa do deputado em promover esse debate não apenas evidencia seu compromisso com a promoção da igualdade de gênero, mas também oferece uma oportunidade para que o movimento de mulheres local apresente suas reivindicações em âmbito nacional.
"A presença da ministra e o foco nas demandas regionais representam uma oportunidade sem precedentes para moldar um futuro mais inclusivo e igualitário para todas as mulheres mato-grossenses", concluiu o deputado Barranco.
Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no último ano, 1.400 mulheres foram vítimas de feminicídio, o maior número registrado desde 2015. Foram registrados mais de 74.000 casos de estupro, sendo que 60% das vítimas tinham até 13 anos. Diariamente, 673 mulheres registraram boletim de ocorrência por agressões em contexto de violência doméstica.
Apesar de representarem 53% do eleitorado, as mulheres ocupam apenas 17,7% das cadeiras na Câmara dos Deputados e 12,3% no Senado Federal, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. Em 958 cidades, nenhuma vereadora foi eleita em 2020. De acordo com o Censo das Prefeitas Brasileiras, do Instituto Alziras, 58% das prefeitas (mandatos de 2021 a 2024) sofreram assédio ou violência política de gênero.
Lançada em outubro de 2023 pelo Ministério das Mulheres, com a presença da primeira-dama, Janja da Silva, a campanha "Brasil Sem Misoginia" reafirma o compromisso do governo no combate à violência contra a mulher, abrangendo diversas áreas sociais em todo o país. Sob a liderança da Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a iniciativa foca na prevenção do feminicídio, da violência doméstica e sexual, no apoio às mulheres nos espaços de poder, no combate à violência online e na redução das desigualdades sociais e econômicas entre homens e mulheres. (Com assessoria).
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