O deputado e pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), em entrevista ao No Ar, com o jornalista Geraldo Araújo, afirmou defender o diálogo entre governantes e reconheceu que as brigas políticas não resolverão o problema estrutural da saúde na Capital.
Para o petista, os problemas no sistema de saúde de Cuiabá não se restringem à gestão atual, mas se estendem às anteriores, que falharam em identificar a raiz da crise permanente da saúde na Capital mato-grossense.
Médico sanitarista, Lúdio enfatizou que o gestor responsável por Cuiabá deve, primeiramente, compreender a atenção primária à saúde, o atendimento de ponta e o cuidado com a população, além da importância de conhecer onde estas pessoas vivem, para então trabalhar na solução da crise permanente da saúde.
Segundo Lúdio Cabral, a solução envolve qualificar a atenção primária, tornando médicos e profissionais de outras áreas, como enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais, acessíveis à população, formando um conjunto de profissionais que atuem de maneira adequada no cuidado com a população.
Para o petista, a saúde da população acompanhada de perto por esses profissionais, as doenças poderão ser prevenidas e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) descentralizadas. “Cuidando de maneira adequada da saúde da população na atenção primária, reduziremos as internações e os altos custos, como o de uma diária em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e, com esses recursos, qualificaremos os profissionais da saúde”, destacou Cabral.
O deputado apontou a questão estrutural como crônica e ressaltou que o segundo ponto crítico para a crise na saúde da Capital é a contínua disputa política, nos últimos cinco anos, entre o governador Mauro Mendes (União) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), prejudicando exclusivamente a população, não só de Cuiabá, mas também de Mato Grosso, que depende da saúde pública da Capital.
Lúdio relembrou suas críticas à Intervenção Estadual, argumentando que ela não resolveria os problemas estruturais do sistema de saúde em Cuiabá, como de fato não resolveu. A título de exemplo, mencionou a persistente falta do medicamento dipirona, antes, durante e após a intervenção.
Em relação à sugestão do prefeito Emanuel Pinheiro ao Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), de estadualizar o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), o petista foi categórico ao afirmar que tal medida não solucionaria o problema, mas apenas transferiria a responsabilidade do serviço.
O deputado defendeu que os governantes precisam dialogar com serenidade e conhecimento técnico para, então, ponderar e definir o papel de cada ente federativo na alocação dos recursos.
“Esse diálogo entre Estado e município é fundamental. Cuiabá precisa buscar esse diálogo e o governador Mauro Mendes precisa estar aberto a ele. O prefeito precisa demonstrar humildade. Ambos não devem persistir no conflito, mas buscar sintonia e unir esforços”, concluiu o deputado estadual Lúdio Cabral, em entrevista ao , na última quinta-feira (04).
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