O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), presidente da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), voltou a criticar a gestão do governador Mauro Mendes (União) em relação à saúde pública do Estado. Ele destacou os atrasos nos pagamentos para as empresas que prestam serviços médicos nos hospitais regionais de Mato Grosso, apontando que alguns contratos estão pendentes há quase seis meses.
Lúdio ressaltou que há 21 anos o Estado não realiza concursos públicos na Secretaria de Estado da Saúde e, em vez de abordar essa necessidade, o governador optou por um modelo de gestão que envolve a contratação de empresas privadas para realizar atividades médicas assistenciais.
Segundo o deputado, o modelo de contratação do Estado não está em conformidade com os procedimentos legais, resultando em contratações sem a devida análise por parte dos órgãos de controle. Isso criou uma situação que paralisou o sistema de saúde. Mesmo com recursos disponíveis, o Estado não consegue regularizar os pagamentos às empresas terceirizadas, que estão abandonando as atividades nas unidades de saúde.
Lúdio Cabral declarou: "O Estado tem recursos em caixa, tem bilhões em caixa e não consegue pagar os prestadores privados, que estão abandonando as atividades assistenciais. Se não forem remunerados, não atendem, e o Estado não consegue, infelizmente, destravar essa situação."
O parlamentar lembrou que na última quarta-feira (25.10), o Hospital Santa Casa suspendeu 18 procedimentos médicos que necessitavam de anestesia, incluindo cirurgias oncológicas. Ele avaliou que esse modelo de gestão tem causado um colapso na saúde, com vários hospitais de Mato Grosso geridos pela SES tendo seus serviços paralisados, mantendo apenas o atendimento de urgência e emergência.
Na qualidade de presidente da Comissão de Saúde da AL, Lúdio informou que convocou uma reunião com a Secretaria de Estado de Saúde, a ser realizada na próxima semana, para cobrar esclarecimentos sobre o assunto, que tem gerado preocupação entre a população mato-grossense.
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