A Escola Estadual Militar Tiradentes Tenente Coronel Louirson Rodrigues Benevides (anteriormente conhecida como Nadir de Oliveira), situada no Jardim Glória, permanece abandonada e encoberta pelo mato, com perspectivas sombrias até o próximo ano. Essa informação foi confirmada pelo deputado federal Coronel Assis (União) durante o evento Mutirão de Cidadania, organizado pela Prefeitura de Várzea Grande, na sexta-feira (25.08).
Orçada em mais de R$ 3 milhões, a obra está enfrentando atrasos significativos devido ao descumprimento do contrato por parte da empresa contratada. Embora o trabalho tenha sido iniciado enquanto os alunos ainda frequentavam o local, problemas subsequentes obrigaram a transferência dos estudantes para a Escola Licínio Monteiro da Silva, que anteriormente abrigava as Diretorias Regionais de Educação (DREs), situada na rua Pedro Pedrossian, Jardim Aeroporto.
O deputado explicou que o atraso ocorreu devido à tentativa da empresa vencedora de reduzir os custos do projeto, algo que ele apontou como uma prática comum. No entanto, ele destacou que agora o Estado está sujeito à supervisão de órgãos de controle, incluindo o Tribunal de Contas (TCE/MT) e o Ministério Público (MP/MT), que monitoram tal situação. O Coronel Assis ressaltou que, conforme a Lei n.º 8.666, que trata de licitações, rescindir um contrato licitatório é um processo administrativamente oneroso.
O deputado, que apoia a militarização das escolas em Várzea Grande e possui laços familiares na cidade, afirmou que pessoalmente se reuniu com o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, para promover o rompimento do contrato com a empresa originalmente licitada para a construção. Ele acredita que agora não haverá mais obstáculos para uma nova licitação e contrato. A escola Nadir de Oliveira, que estava originalmente destinada a reformas, se encontra deteriorada, será demolida para dar lugar a uma nova edificação com mais de 20 salas de aula.
O deputado explicou que esse novo projeto está vinculado a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que estipula a construção de duas escolas militares em Várzea Grande. Uma delas já está em construção, e a previsão para a licitação é 2024.
"Entendemos que o processo é demorado devido aos trâmites da administração pública. No entanto, estamos comprometidos em fiscalizar e acompanhar de perto. Tenho mantido diálogo constante com os vereadores, que também estão muito preocupados com essa questão", ressaltou o Coronel Assis.
Conforme o Coronel Assis, estavam inicialmente planejadas seis Escolas Cívico-Militares no Estado, mas o governo estadual anunciou recentemente que serão construídas 50 escolas militares.
Como defensor das Escolas Cívico-Militares, o deputado destacou que essa abordagem não visa ser a melhor, mas oferece um novo universo de oportunidades para os alunos nas redes municipal e estadual, que atualmente representam menos de 12% dos estudantes. "Portanto, não se trata de escolher entre um modelo ser melhor ou pior que o outro, mas sim de oferecer uma alternativa a mais para nossos alunos, de forma democrática. Acredito que estamos progredindo nesse sentido", concluiu o Coronel Assis.
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