Em entrevista à imprensa nessa quarta-feira (08.11), o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) abordou a ausência do secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, em uma audiência na Assembleia Legislativa, da Comissão de Saúde da Casa, para esclarecer a situação dos atrasos nos pagamentos a prestadores de serviços em hospitais estaduais.
O parlamentar ressaltou a importância da audiência diante dos problemas enfrentados por diversos prestadores, destacando hospitais em Colíder, Sorriso, Sinop, Rondonópolis, além das unidades Santa Casa e Metropolitano, em Cuiabá e Várzea Grande.
Lúdio Cabral explicou que o secretário justificou sua ausência mencionando uma agenda em Brasília relacionada ao Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde. Diante disso, o deputado informou que a audiência será remarcada para permitir que o secretário preste os esclarecimentos necessários. Enquanto isso, Cabral reforçou as cobranças por providências diárias para resolver os problemas e assegurar que a população não seja prejudicada.
O deputado abordou a situação crítica dos prestadores privados terceirizados pelo Estado, destacando atrasos nos pagamentos que impactam serviços essenciais, como UTIs neonatais e diversas especialidades.
“Há vários prestadores privados que são contratados de forma terceirizada pelo Estado já alguns anos e desde maio, há problemas com atraso de pagamento, temos prestadores com 4/5 meses de atraso. O hospital regional de Colíder só está atendendo urgência e emergência, a última notícia que recebemos que até a UTI neonatal estaria suspendendo os atendimentos por conta de atraso de pagamento. Lá no hospital regional de Sorriso várias especialidades sem atender por conta de atraso no pagamento”, disse e complementou: “Infelizmente todos os dias nós recebemos reclamações de pessoas aguardando em leitos de observação em unidades de Pronto Atendimento, sem atendimento nos hospitais regionais”.
Quanto à possibilidade de abertura de uma CPI na área da saúde, Lúdio Cabral apontou os desafios, como a constância dos problemas e a ampla maioria do Governo. Ele expressou a crença de que a CPI não atingiria o número mínimo de assinaturas, mas indicou a intenção de utilizar outras ferramentas, como convocações, para investigar e cobrar respostas sobre a situação da saúde no Estado.
“Acredito que infelizmente a CPI, por conta da correlação de forças, nós não conseguimos alcançar o número mínimo de assinaturas, e não tendo alcançado não adianta insistir, porque a correlação de forças que determina quem assina ou não assina, embora nós entendêssemos que era um instrumento necessário para a gravidade da situação que estávamos vivendo. A CPI tem muito mais poder para aprofundar investigações”, pontuou.
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