O deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, conhecido como Emanuelzinho (MDB), acusou o governador Mauro Mendes (União) de negociar uma vaga no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) em troca do afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). A declaração foi feita durante sua participação no "Programa Roda de Entrevista" da TV Mais News, na última quinta-feira (02.05).
De acordo com Emanuelzinho, o governador Mauro Mendes estaria atuando para obstruir investigações contra o Governo do Estado, mencionando um esquema de "cartel" envolvendo empresas médicas que fornecem serviços à Secretaria de Estado de Saúde (SES).
O deputado afirmou que, para "consolidar sua gestão", o governador teria inclusive ameaçado delegados, dizendo que os transferiria do centro para regiões mais distantes do Estado, caso prosseguissem com investigações sobre possíveis atos ilícitos.
“O governador Mauro Mendes tem chantageado delegados, falando que vai mandar delegado para Colniza, para Alta Floresta, lá para o Nortão, se eles continuassem investigando o governador”, disse ao citar esquema na Saúde, e outro na ordem de R$ 400 milhões envolvendo o setor do Meio Ambiente do Estado".
Durante a entrevista, Emanuelzinho também realizou graves acusações contra o governador, como a venda de vagas no judiciário estadual. "Atualmente, Mauro Mendes critica diariamente Emanuel Pinheiro e comercializa vagas de desembargador para poder atacar o prefeito, sem que suas próprias ações sejam observadas. É isso que está ocorrendo", denunciou o parlamentar.
O deputado solicitou que a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE) investiguem suas denúncias. "Estou ciente da gravidade das minhas afirmações, mas é de conhecimento público que o prefeito Emanuel Pinheiro foi afastado porque foi prometido ao desembargador Luiz Ferreira que seu irmão ocuparia uma vaga de desembargador após sua aposentadoria, prevista para o próximo ano", afirmou.
É relevante ressaltar que, em março deste ano, o desembargador Luiz Ferreira da Silva ordenou o afastamento de Emanuel Pinheiro por um período de seis meses. Contudo, o prefeito reassumiu o cargo por meio de uma liminar concedida pelo ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Outro lado - A reportagem do , entrou em contato com assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que se limitou a dizer que a Corte não irá se manifestar.
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