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Política Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2018, 21:56 - A | A

Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2018, 21h:56 - A | A

Operação Sanguessuga

Depois de 12 anos da descoberta da "máfia das ambulâncias", Wellington Fagundes vira réu em ação

Redação VG Notícias

VG Notícias

Wellington Fagundes

Wellington Fagundes virá réu na ação da "máfia das ambulâncias"

O senador Wellington Fagundes (PR-MT) virou réu em ação que investiga fatos relacionados à chamada “operação sanguessuga”. Fagundes é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

No julgamento do Inquérito 2340, nesta terça-feira (27.02), a Primeria Turma Supremo Tribunal Federal (STF) afastou a alegação de inépcia da denúncia pela defesa e admitiu a abertura de ação penal contra o parlamentar.

A acusação descreve o recebimento indevido de valores no período entre 2001 e 2006 pelo então deputado federal, o que teria ocorrido em troca da assinatura de emendas parlamentares autorizando convênios entre União e municípios para a aquisição de ambulâncias. As aquisições eram direcionadas à empresa Planam, que em troca da operação transferia recursos para a conta do acusado e de seus parentes, por intermédio de empresas vinculadas.

Segundo o relatado na denúncia, o deputado disponibilizou seu mandato parlamentar em favor de Darci e Luiz Antônio Vedoin, proprietários do grupo Planam, a quem teria garantido recursos por meio de emendas parlamentares, que subsidiaram a aquisição de ambulâncias em vários municípios do Mato Grosso. Em troca, o parlamentar teria recebido vantagem patrimonial indevida no valor mínimo de R$ 100 mil, por método de dissimulação da origem dos recursos.

“A meu juízo a denúncia descreveu a conduta do acusado de acordo com as circunstâncias de fato conhecidas”, afirmou a relatora do caso, ministra Rosa Weber. Segundo ela, há na denúncia clara menção aos delitos imputados, a forma de execução, ao resultado alcançado e os resultados pretendidos, vínculos entre os envolvidos e o papel desempenhado pelo acusado nos delitos descritos.

“Com esse enredo e descrição dos fatos imputados eu não diviso inépcia da denúncia. O acerto ou desacerto dessas acusações constitui matéria de mérito”, afirmou.

Segundo seu voto, nada impede que na fase instrutória da ação penal o Ministério Público não logre provar a tese nos termos em que expôs. O voto da ministra relatora recebendo a denúncia foi acompanhado por unanimidade. (Com STF)

Entenda o caso - O escândalo dos Sanguessugas, também conhecido como 'máfia das ambulâncias', foi um escândalo de corrupção que estourou em 2006 devido à descoberta de uma quadrilha que tinha como objetivo desviar dinheiro público destinado à compra de ambulâncias.

Na época, as investigações da Polícia Federal apontou que a empresa Planam, com sede em Cuiabá, superfaturava o preço das ambulâncias em até 110%. Além disso, a empresa entregava muitas vezes veículos com defeitos ou sem todos os equipamentos.  Em depoimento à Justiça Federal, o empresário Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam, denunciou o envolvimento de mais de 90 parlamentares no esquema. 

À CPI, Vedoin revelou que o esquema adiantava o pagamento da propina aos parlamentares, que apresentavam emendas ao Orçamento para a compra de ambulâncias por Prefeituras.

O empresário revelou à CPI das ambulâncias, que parlamentares ajudavam a cooptar prefeitos para direcionar as licitações em favor da Planam e de outras empresas envolvidas no esquema. 

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