O acordo de delação premiada de dois altos executivos da construtora Camargo Corrêa, presos há meses pela Operação Lava Jato, pode "abrir as portas do inferno" para muitos políticos governistas que ainda não tiveram seus nomes mencionados em outras confissões já feita à Justiça Federal do Paraná.
O presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini, e o vice-presidente, Eduardo Leite, são depositários de alguns dos mais inexpugnáveis segredos do submundo da corrpção, segundo acreditam os procuradores envolvidos na investigação, e podem ajudar a consolidar acusações já feitas e abrir novas frentes.
Se a força-tarefa quiser aprofundar as investigações, poderá obter dessa dupla revelações sobre valores e destinatários de "doações" milionárias a políticos de todos os partidos, sejam de oposição ou situação, no plano federal e no âmbito federal. A Camargo Corrêa é suspeita de ser uma das maiores - senão a maior - financiadora de campnhas eleitorais no "caixa dois", por fora.
O presidente do conselho de administração da construtora, João Ribeiro Auler, que também tentava um acordo semelhante, não teve o pedido homologado. Os investigadores consideram que ele não revelou tudo o que sabe sobre as fraudes nos contratos entre empreiteiras e a estatal. Os procuradores, contudo, ainda não descartaram incluir Auler entre os delatores da Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção bilionário na Petrobras.
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