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Política Segunda-feira, 26 de Setembro de 2016, 08:05 - A | A

Segunda-feira, 26 de Setembro de 2016, 08h:05 - A | A

Operação Sodoma

Defaz cumpre mandados contra Silval, ex-secretários e empresários por desviar R$ 15 milhões

Redação/VG Notícias com PJC/MT

Reprodução

Operação Sodoma

 

A Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) deflagrou na manhã desta segunda-feira (26.09), a 4ª fase da Operação Sodoma, que investiga crimes de corrupção praticados contra uma organização criminosa no Estado de Mato Grosso.

O foco da Operação Sodoma é o desvio de dinheiro público realizado através de uma das três desapropriações milionárias pagas pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) durante o ano de 2014. Os trabalhos de investigações iniciaram há mais de um ano.

O ex-governador que está preso no Centro de Custódia de Cuiabá teve novamente uma prisão preventiva cumprida, além dos ex-secretários de Estado Marcel de Cursi (Fazenda), Arnaldo Alves (Planejamento), Silvio César Correia Araújo e do empresário Valdir Piran. Para prestarem interrogatórios foram conduzidos coercitivamente Valdir Piran Junior, Eronir Alexandre, Marcelo Malouf, José Mikael Malouf, Willian Soares Teixeira, além do cumprimento de buscas e apreensão em residências e empresas dos investigados.

O procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho – o Chico Lima -, foi preso por mandado preventiva no Rio de Janeiro (RJ), por policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Os investigados Valdir Piran e Arnaldo Alves tiveram os mandados de prisão cumpridos em Brasília, com apoio da Polínter do Distrito Federal.

As diligências realizadas evidenciaram que o pagamento da desapropriação do imóvel conhecido por Jardim Liberdade, localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, nesta capital, no valor total de R$ 31.715.000,00 milhões à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários Ltda, proprietária do imóvel, se deu pelo propósito específico de desviar dinheiro público do Estado de Mato Grosso em benefício da organização criminosa liderada por Silval Barbosa.

Segundo a Polícia, ficou comprovado na investigação que participaram dessa fraude além de Silval Barbosa, as pessoas de Pedro Jamil Nadaf (ex-secretario chefe da Casa Civil), Chico Lima, Marcel de Cursi (ex-secretario de fazenda), Arnaldo Alves, Afonso Dalberto (ex-presidente do INTERMAT), além do proprietário do imóvel Antonio Rodrigues Carvalho, seu advogado Levi Machado, o operador financeiro do grupo criminoso Filinto Muller e os empresários Valdir Piran e Valdir Piran Junior, pai e filho.

De todo o valor pago pelo Estado pela desapropriação, o correspondente a 50%, ou seja, R$ 15.857.000,00 milhões retornaram via empresa SF Assessoria e Organização de Eventos, de Propriedade de Filinto Muller em prol do grupo criminoso.

De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado no montante de R$ 10 milhões foram para Silval ao passo que o remanescente foi dividido entre os demais participantes, no caso os ex-secretários, Pedro Nadaf, Marcel de Cursi, Arnaldo Alves, Afonso Dalberto e Chico Lima.

Além de diversas colaborações premiadas, confissões e análise documental ocorridas durante a investigação que auxiliaram desvendar todo o ‘modus operandi’ do esquema milionário de desvio de dinheiro público, a prova material obtida através dos afastamentos de sigilos bancários e fiscal corroboraram a participação de todos os envolvidos, não deixando quaisquer dúvidas quanto às suas respectivas atuações em mais esse enorme esquema criminoso que sangrou os cofres públicos do Estado de Mato Grosso.

Assim, com base em todas as provas produzidas a Policia Civil representou por prisões preventivas, buscas e apreensões, conduções coercitivas e ainda bloqueios judiciais de contas bancárias, nos quais foram cumpridas em Cuiabá e nas cidades de Brasília e Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro.

O ex-governador preso no Centro de Custódia de Cuiabá teve novamente uma prisão preventiva cumprida, além Marcel de Cursi, Analdo Alves e Valdir Piran. Para prestarem interrogatórios foram conduzidos coercitivamente Valdir Piran Junior, Eronir Alexandre, Marcelo Malouf, José Mikael Malouf, Willian Soares Teixeira, além do cumprimento de buscas e apreensão em residências e empresas dos investigados.

Toda a operação conta com suporte da Secretaria de Estado de Segurança (Sesp) de Mato Grosso, da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, e da Polínter de Brasília. Para a operação foram mobilizados 100 policiais civis (delegados, investigadores e escrivães lotados na Defaz, Deddica, GCCO, GOE, Dema, DRE).

Por se tratar de investigação sob sigilo, a Polícia Civil somente irá se pronunciar via a nota oficial.

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