O senador Wellington Fagundes (PL-MT), relator da Comissão do Senado que acompanhou as ações de enfrentamento a Covid-19 no Brasil, manifestou entusiasmo com a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela aprovação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) a ser produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A resolução da agência foi publicada nesta sexta-feira, 7, no Diário Oficial da União.
Na prática, a vacina contra covid-19 oferecida pela Fiocruz será produzida com todas as etapas realizadas no Brasil com o IFA nacional. “Isso nos enche de entusiasmo porque gera mais confiança ao tempo em que se concretiza um encaminhamento que sempre procuramos adotar em todas as fases do trabalho da Comissão da Covid-19. Ou seja, vacinas 100% nacional” – frisou o senador.
Em novembro, Fagundes e o presidente interino da CT Covid-19, senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), estiveram nas instalações da Fiocruz, no Rio de Janeiro, para acompanhar os trabalhos que estavam sendo desenvolvidos na produção de vacinas. Eles se reuniram com a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, com o diretor do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), Maurício Zuma, e com o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde, Marco Krieger, onde obtiveram informações detalhadas dos trabalhos.
No encontro, Fagundes previu que o Brasil será “independente na produção e comercialização de vacinas, não só servindo de referência a toda América Latina – criando um isolamento às novas cepas – como também precavendo o Brasil em caso de novas endemias e pandemias”. Além da Fiocruz, ele ressaltou que mais imunizantes estão em fase final de desenvolvimento no país, financiados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), através da Rede Vírus, e também pelo Instituto Butantan.
Ao cumprimentar a direção da Fiocruz pelo trabalho, Wellington Fagundes ressaltou que a produção de vacinas contra a covid-19 poderá receber o apoio de estruturas industriais destinadas à fabricação de produtos de uso veterinário, conforme preconiza a Lei 14.187/2021. O projeto, apresentado pelo senador mato-grossense, autoriza, temporariamente, fábricas de produtos de uso veterinário a produzirem as vacinas, desde que cumpram todas as normas sanitárias e exigências de biossegurança próprias dos estabelecimentos destinados à produção de imunizantes humanos.
A Comissão Temporária da Covid-19, da qual Fagundes foi relator, atuou por oito meses ao longo de 2021. Nesse período, foram realizadas 45 reuniões e várias diligências. Segundo ele, a comissão permitiu "vislumbrar medidas importantes para minimizar os efeitos da crise sanitária sobre a economia, a educação, a sociedade e o país, e para nos preparar melhor para o enfrentamento a situações semelhantes no futuro".
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