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Política Quinta-feira, 02 de Agosto de 2018, 14:47 - A | A

Quinta-feira, 02 de Agosto de 2018, 14h:47 - A | A

6ª Vara Criminal de Cuiabá

Correndo risco de voltar para cadeia, João Arcanjo presta esclarecimentos à Justiça

Lucione Nazareth/VG Notícias

VG Notícias

Arcanjo

 

O juiz Geraldo Fidelis, da 6ª Vara Criminal de Cuiabá, realiza neste momento audiência de justificação em que o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro deverá comprovar que não está reincidindo em cometimento de atos criminosos. Caso não consiga se defender, Arcanjo pode voltar a cadeia.

A defesa do ex-bicheiro chegou conseguir uma liminar no Tribunal de Justiça para suspender a realização da audiência, mas a próprio Arcanjo desistiu do benefício para poder explicar as denúncias imputadas a ele.

Conforme informações trazidas aos autos, Arcanjo estaria cometendo possíveis atos delituosos após deixar a cadeia em fevereiro deste ano.

Um documento anônimo, entregue à Justiça no dia 27 de junho, afirma que João Arcanjo estaria atuando no comando dos jogos de bicho em Mato Grosso, usando “jagunços, capangas, serviçais e armamento pesado”. No documento constam possíveis ameaças de morte proferidas por Arcanjo aos supostos “concorrentes” envolvidos no jogo de azar.

Consta ainda nos autos contra o ex-bicheiro, documentos apreendidos pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil (PJC), no dia 10 de julho durante operação contra pessoas supostamente envolvidas no “jogo do bicho” em Cuiabá. Na ocasião quatro pessoas foram detidas.

O GCCO apreendeu na operação cheques e anotações em nome de João Arcanjo Ribeiro, sua ex-esposa, Silvia Chirata Arcanjo Ribeiro e do filho João Arcanjo Ribeiro Filho. Os materiais estavam em posse de Marcelo Gomes Honorato – uma das pessoas detidas na operação acusado de usar máquinas de cartão de crédito para aplicar golpes.

No início da audiência, a defesa de Arcanjo afirmou que ele está muito interessado em esclarecer os fatos. "O maior interesse dele é esclarecer os fatos, acabou com essas inverdades que estão aí no processo por meio de uma denúncia anônima", declarou o advogado Zaid Arbid.

Arcanjo disse desconhecer os fatos imputados contra ele, e que ficou sabendo apenas pela mídia. "Não sei detalhes sobre o que está aí. Fiquei apenas sabendo dos fatos pela mídia", disse o ex-bicheiro.

Fidelis começou relatando que o genro de Arcanjo, identificado como Giovane, estaria contando o esquema do jogo do bicho enquanto o sogro esteve preso, e que neste período ameaçou supostos concorrentes para que Arcanjo fosse a única pessoa responsável pelo esquema. O magistrado ainda esclareceu que após o ex-bicheiro sair da cadeia retomou o comando do esquema.

Arcanjo começa dizendo: "Fiquei 15 anos preso, o senhor acha que vou ser bobo de voltar a participar deste esquema? Todo mundo sabe que fui bicheiro, mas hoje não sou dono de nada", declarou.

Sobre a ameaça a um suposto concorrente, Arcanjo afirmou que a pessoa ameaçada teria tentando vender pontos do jogo bicho para Giovane, mas ele teria se recusado. "Não mexemos mais com isso. Hoje temos outras atividades. Sou trabalhador. Posso ser tudo, menos bobo de fazer isso de novo", reiterou.

Ao final ele disse que está estudando e trabalhando.

"Essa pessoa que me denunciou, que abre um processo contra ele. Por favor. Eu não devo estou aqui. Porque esta pessoa denunciou de forma anônima? Que isso seja investigado" pediu Arcanjo.

O genro do ex-bicheiro, Giovane disse que Alberto Toniazzo foi até ao seu escritório, localizado na avenida do CPA, para oferecer pontos do jogo do bicho. "Eu disse que ele estava no local errado. Falei que não trabalhamos com isso. Não quebramos máquina de ninguém e nem nada que foi denunciado aí no processo", esclareceu.

No final da audiência, o Ministério Público solicitou que seja ouvido Alberto Toniazzo o denunciante. A defesa de Arcanjo requereu imagens do Fórum de Cuiabá para saber como que foi feito o protocolamento da denúncia.

"Só Deus sabe o que passei. Agora estou reiniciando minha vida. Eu estou a disposição da Justiça para esclarecer todos os fatos. Estou tendo autodiciplina", disse Arcanjo no final da audiência.

Atualizada às 15h45min - As denúncias foram protocoladas em junho e julho deste ano contra João Arcanjo. O juiz Geraldo Fidelis autorizou que o Fórum de Cuiabá forneça imagens de segurança que possam identificar a pessoa que protocolou as denúncias.

Além disso, o magistrado determinou a realização de audiência no dia 13 de setembro deste ano para que seja ouvido Alberto Toniazzo para esclarecer as denúncias imputadas contra o ex-bicheiro.

VG Notícias

Arcanjo

 

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