Uma informação bombásctica começa a ser sussurrada nos meios políticos mineiros: a de que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi, sim, convidado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) e pelo governador Antonio Anastasia, também tucano, para ingressar na política. Mas não como vice de Aécio, conforme se especulava. A notícia supreendente é outra. Se estiver disposto a trocar a toga pelo palanque, o mineiro de Paracatu (MG), que no último domingo recebeu o Grande Colar da Inconfidência, maior comenda de Minas Gerais, em Ouro Preto, terá apoio de Aécio e Anastasia para concorrer ao Palácio da Liberdade.
Com esse movimento, Aécio poderia associar sua imagem à de um personagem que, embora polêmico, ainda desfruta de boa popularidade junto a diversos setores da sociedade. No último fim de semana, o colunista Elio Gaspari afirmou que Barbosa poderá deixar o Judiciário, posando de herói, caso haja a revisão dos resultados da Ação Penal 470 – uma hipótese cada vez mais provável, nesta fase de apresentação dos embargos.
Gaspari cogitou uma candidatura presidencial, enquanto Claudio Humberto informou que Barbosa poderia ser vice de Aécio. Mas esta hipótese foi descartada, pelo próprio Anastasia, em entrevista ao 247. Segundo ele, em sua chapa, Aécio deveria buscar uma composição que agregue mais do ponto de vista regional – e não faria sentido ter dois mineiros, um de São João del Rey e outro de Paracatu na mesma chapa.
Localmente, o PSDB, que já está na sua terceira gestão consecutiva em Minas (duas com Aécio e uma com Anastasia, que não tem direito à reeleição, por ter assumido antes), não tem uma candidatura natural. Cogitava-se o nome do vice Alberto Pinto Coelho, do PP, e também do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG). Joaquim Barbosa, no entanto, vem sendo considerado a opção com maior potencial, por, supostamente, representar o "novo" – carimbo que Aécio também pretende ter em sua disputa nacional.
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