A menos de três horas para inciar a votação na Câmara dos Deputados ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, as articulações políticas no Palácio do Planalto continuam incessantemente, na tentativa de reverter os votos dos favoráveis ao impeachment e conquistar os parlamentares indecisos. Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e governadores da base aliada à presidente, apostam nos deputados indecisos para minar a oposição.
Do outro lado, o vice-presidente Michel Temer, trabalha no Palácio do Jaburu para ampliar o número de votos favoráveis ao impeachment.
Mas até o momento, tudo indica, que a oposição contabiliza maior número de votos. Conforme o Jornal Estado, o Placar do Impeachment mostra que a oposição à presidente contabilizava, à 0h deste domingo (17.04), 350 votos favoráveis ao impeachment, oito a mais do que o mínimo necessário (342, de um total de 513). Portanto, se estes deputados mantiverem a decisão de apoiar o afastamento, Dilma será derrotada na Câmara hoje.
Há ainda 133 contrários ao impeachment, nove indecisos, dois prováveis ausências e 19 deputados que se recusam a abrir o voto.
Caso o governo seja derrotado neste domingo, os petistas preparam um projeto para propor ao Congresso a convocação de novas eleições no País.
Entenda -Dilma Rousseff, de 68 anos é filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2001, economista de formação. Ela é alvo de pedido de afastamento que tem por base as pedaladas fiscais (manobras contábeis) e decretos orçamentários do ano passado. Conforme as mais recentes pesquisas, a forma de governar da presidente - acossada pelas crises política e econômica - é desaprovada por 82% dos brasileiros (Ibope). Se perder na Câmara, Dilma será processada pelo Senado. A votação será a segunda de um impedimento desde a redemocratização. Fernando Collor foi derrotado pelo plenário da Casa em 1992. (Com informações do Estadão).
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).