Os deputados membros do Conselho de Ética da Câmara devem votar nesta terça-feira (14.06) o relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que defende a cassação do mandato do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A votação do parecer de Marcos Rogério estava prevista para ocorrer na semana passada, mas foi adiada, devido a uma “manobra política” adotada por Cunha para tentar convencer parlamentares a votarem contra o parecer.
A reunião do Conselho de Ética está marcada para as 14h30.
Cunha é acusado de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando negou a existência de contas no exterior em seu nome, o que poderia caracterizar quebra de decoro parlamentar.
Porém, o deputado nega todas as acusações e afirma não ter contas fora do país. Durante sua defesa na Comissão de Ética, o peemedebista afirmou que é apenas beneficiário dos recursos advindos de trustes, e que essa situação ficou “comprovada na instrução do processo no conselho”.
Para que o parecer seja aprovado, serão necessários os votos da maioria dos 21 integrantes do colegiado. Se for rejeitado, será designado um novo relator, que fará outro parecer a ser votado no conselho.
Com a votação no conselho, o parecer deverá ser submetido ao Plenário da Câmara dos Deputados. No plenário para ser aprovado a cassação do peemedebista é preciso a maioria absoluta dos votos, ou seja, 257 dos 512 deputados (sem contar o próprio Cunha, afastado). A votação é aberta e registrada no painel eletrônico.
O processo do Conselho de Ética que investiga Cunha foi aberto em 2015 e é o mais longo da história do colegiado.
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