O presidente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, Hildo Rocha (MDB-MA) não constatou “nenhuma boa vontade” do Governo do Estado em concluir as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande.
A visita técnica após 10 anos de obras paralisadas veio em meio a decisão Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, que suspendeu a decisão do governador Mauro Mendes (União) de “enterrar” as obras do VLT para seguir com a implantação do Bus Rapid Transit (BRT). A obra paralisada já custou R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
“Nós estamos constatando aqui realmente uma obra inacabada com muito recurso e que nós estamos percebendo sem nenhuma boa vontade de fazer com que essa obra seja efetivada”, declarou o deputado durante nesta sexta-feira (08.07), durante vistoria requerida pelo deputado federal Emanuelzinho (MDB), filho do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB).
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Questionado quando a Comissão entregará o relatório da vistoria ao TCU, Hildo Rocha prevê que a Comissão levará cerca de dois meses para concluir. “Em média um mês a dois meses um relatório desse está pronto para que a gente possa estar submetendo a prestação da Comissão em seguida encaminhar aos órgãos que devem tomar as providências para que esta obra seja concluída”, destacou o deputado.
Hildo Rocha afirmou que a obra paralisada significa um enorme prejuízo ao país, especialmente por ser a “vitrine” do Aeroporto Marechal Rondon em Várzea Grande. Ele avaliou a obra como “enorme ferida no meio das duas cidades”.
“Mato Grosso é um Estado rico que ajuda fazer com que nossa divisa seja sempre superavitária no agronegócio, além disso, um Estado com potencial turístico muito grande, aqui vem turista de todo lugar do mundo e vendo uma obra dessa inacabada - até porque está próxima ao Aeroporto de Várzea Grande - vai levar uma imagem muito distorcida do que é o Brasil. Então temos que trabalhar para mudar esse cenário”, declarou.
Questionado pelo se convidou o governador Mauro Mendes, Rocha relatou que convidou e teve seu convite negado pelo Governo. “A Comissão convidou o governo do estado a participar da visita técnica, mas ele mandou ofício dizendo que não iria comparecer e não mandaria nenhum representante”, encerrou.
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