O senador da República, Jayme Campos (DEM) em entrevista ao oticias no Ar nesta terça-feira (09.03) opinou sobre a mudança no cenário eleitoral, com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o tornando apto à disputa Presidencial em 2022.
Jayme citou a imparcialidade do então juiz Sérgio Moro, responsável pela condenação de Lula, e relatou que as provas que constavam do processo foram feitas de forma não republicanas, com conluio com os procuradores e trocas de ideias: “façam isso”; “manda para cá e eu despacho.”
“Eu acho que o ministro Fachin fez até Justiça. Esse caso vai ser encaminhado para 12ª ou 13ª vara de Brasília e parte dessas provas que estão no processo poderão ser aproveitadas. Em tese, o que o pessoal acha é que vai demandar tempo, primeiro porque precisa do juiz despachar, depois tem o recurso no TRF de Brasília. E mesmo ele sendo condenado na segunda instância, o que inviabilizaria Lula de ser candidato, mas não é o prazo suficiente para impedir ele de concorrer às eleições”, declarou o senador.
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Jayme destacou a repercussão internacional ao declarar que a notícia deixou "o mundo perplexo": “Então é um fato novo, uns acham bom, outros não. É uma discussão jurídica, ninguém pode discutir a capacidade, a competência do ministro Fachin e dos demais ministros. E de forma madura teve esse entendimento, fez esse despacho e agora nós temos que aguardar.”
Embora a decisão monocrática do ministro ainda precisa ser confirmada pelo colegiado do STF, Jayme avaliou que o cenário político na disputa presidencial de 2022 mudou.
“Isso mexeu no tabuleiro político, aquela possibilidade de ter um candidato de centro e direita praticamente deu uma esfriada, ou seja, o Bolsonaro mais de direita, radical e intransigente, e um candidato de centro e direita, seja ele João Dória, Luciano Huck, estão especulando o próprio Sérgio Moro, com essa possiblidade do Lula ser novamente candidato, mudou o cenário, agora vai ser uma guerra de titãs, direita contra esquerda, apesar que isso para mim, é tudo uma camuflagem”, opinou.
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