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“Agora estão ameaçando fechar as portas, com ameaças, nós não trabalhamos”, enfatizou o governador Pedro Taques (PSDB) sobre a previsão de fechamento nessa sexta-feira (18.08) dos cinco hospitais filantrópicos em Mato Grosso, por falta de recursos.
Segundo Taques, não é obrigação do Estado a manutenção dos hospitais. Contudo, durante três meses, o governo cumpriu com o acordo e repassou uma determinada quantia.
“A administração dos hospitais filantrópicos é absolutamente séria, não estamos criticando quem quer que seja, mas o Estado não pode ser responsável por algo que não lhe pertence. A quem cabe a manutenção dos hospitais filantrópicos, o Estado repassa aos municípios, e o município repassa aos hospitais. E nós temos aumentando e muito o repasse, tendo em conta a dificuldade dos hospitais filantrópicos, não só de Cuiabá, mas em todo o Brasil. Nós aumentamos e fizemos um acordo com os cincos, durante três meses repassaríamos um determinado valor. Cumprimos”.
De acordo com ele, não será possível ajudar os filantrópicos da maneira que eles querem, mas haverá uma conversação.
“Nós vamos chamá-los novamente para uma conversa. Agora nós não podemos ajudar os filantrópicos da maneira que eles desejam. Veja, nós os ajudamos e falta dinheiro para os hospitais regionais”.
Na segunda-feira (14) a direção dos hospitais Geral Universitário (HGU), Santa Helena, a Santa Casa Misericórdia de Cuiabá e a Santa Casa de Rondonópolis (220 km de Cuiabá) suspenderam três tipos de serviços ofertados aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em um ofício encaminhado ao governo, os hospitais que são responsáveis pelo atendimento de pelo menos 80% dos pacientes do SUS, afirmam que interromperam os serviços por falta de insumos e medicamentos.
Taques ainda garantiu que não lavará as mãos como “Pôncio Pilatos.
“Existe uma Federação dos hospitais filantrópicos em Mato Grosso e é um problema nacional. Nós estamos bancando 100% das UTIs, agora o Estado não é responsável. Não vou levar minhas mãos, mas estamos buscando resolver isso”.
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