Com 74 votos favoráveis, nenhum contrário, os senadores decidiram nessa terça-feira (10.05) cassar o mandato de senador de Delcídio do Amaral, que estava sem partido e representava Mato Grosso do Sul. Com o afastamento, o primeiro suplente de Delcídio, Pedro Chaves dos Santos Filho, será chamado a tomar posse.
Os senadores acataram o relatório aprovado no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar no começo de maio, que pediu a cassação do Delcídio. O relator do processo, senador Telmário Mota (PDT-RR), durante a sessão frisou ter havido abuso das prerrogativas constitucionais por parte do ex-parlamentar, quando Amaral tentou tumultuar os trabalhos da Operação Lava Jato da Polícia Federal.
A denúncia foi de que Delcídio, então líder do governo no Senado, negociou a fuga do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, para evitar uma possível colaboração premiada do ex-funcionário da estatal. A combinação foi feita com o filho de Nestor, Bernardo Cerveró, que gravou as conversas e as encaminhou às autoridades.
Durante a sessão de votação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), chamou por diversas vezes Delcídio para apresenta defesa no Plenário do Senado, no entanto, ele não compareceu, nem enviou advogado.
Preso preventivamente em novembro de 2015 por obstrução da Justiça, ele foi o primeiro senador preso no exercício do mandato sob regime democrático. Delcídio foi solto em fevereiro deste ano, após uma delação premiada. Desfiliou-se do PT e acusou dezenas de políticos entre eles o ex-presidente Lula (PT) e a presidente Dilma Rousseff (PT), além de funcionários públicos, lobistas e empresários.Com informações da Agência Senado.
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