Aprovada na Câmara dos Deputados na última terça-feira (17.08), em segundo turno, a PEC da reforma eleitoral (Proposta de Emenda à Constituição 125/11), que prevê a volta da coligação partidária nas eleições proporcionais (deputados e vereadores) a partir de 2022, entre outros pontos, deve ser "enterrada" no Senado Federal, conforme prevê o senador Jayme Campos (DEM).
Entre as principais mudanças da PEC é o retorno da possibilidade dos partidos se coligarem em eleições proporcionais, a qual é proibida desde 2017.
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Em entrevista à imprensa, Jayme disse ter sentido que a maioria dos senadores é contra a reforma eleitoral e que dificilmente o projeto será aprovado no Senado.
“Se vai ter coligação ou se não vai ter, acho muito difícil o Senado aprovar a coligação partidária. Ali praticamente vai ser enterrado, porque pelo que eu tenho percebido lá, a maioria dos senadores não concorda com a coligação partidária”.
O senador mato-grossense apontou que os parlamentares contra a reforma têm razão em ate certo ponto, pelo fato que em 2017 foi feita uma reforma política, e ficou estipulado que estava impedido fazer coligação. “Menos de quatro anos já volta com o mesmo assunto? Isso diminui o Congresso Nacional. Cada eleição, dependendo do interesse de alguém, de partido, você muda a legislação eleitoral” indagou.
Ao concluir sobre o assunto, Jayme disse que pode ate ter reforma e alguns pontos devem ser aprovados, mas que precisa ser amplamente discutida. “Confesso que estou aguardando o encaminhamento para fazer uma analise mais apurada, sobretudo discutir partidariamente, porque os democratas vão ter que sentar, as lideranças com o presidente, e discutir qual o melhor encaminhamento no aprimoramento da nossa legislação eleitoral brasileira” pontuou.
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