O presidenciável Ciro Gomes anunciou em suas redes sociais, nesta quinta-feira (04.11), que deixará sua pré-candidatura até que a bancada do PDT reverta apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que trata da renegociação do pagamento de precatórios.
“A mim só me resta um caminho: deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a bancada do meu partido reavalie sua posição. Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo”, escreveu Ciro Gomes em sua conta no Twitter.
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Ciro disse que não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas. “Justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e com abalos ao arcabouço constitucional. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios. Há momentos em que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves desafios”, escreveu.
Com 312 votos favoráveis e 144 contrários, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quinta-feira (04.11) em primeiro turno, o texto base da Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. A PEC precisa passar ainda por um segundo turno de votação na Câmara, que deve ocorrer ainda hoje, antes de ir ao Senado.
PEC já havia sido aprovado na Comissão Especial da Câmara. A proposta permite uma folga de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões no Orçamento da União em 2022, assim como gerar mais R$ 39 bilhões em receita. Dos recursos gerados pela PEC, R$ 24 bilhões devem ser usados para o reajuste de despesas da União indexadas pela inflação.
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