O pré-candidato à Presidência da República em 2018 pelo PDT, Ciro Gomes, deu mais uma daquelas entrevistas "sinceronas". Ao jornal O Dia, ele criticou a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil.
"Esse é o maior erro da História da República, desde que eu milito na luta política há 30 anos", opinou.
Para Ciro, a posse de Lula denota manobra para fugir da primeira instância da Justiça, onde a Operação Lava Jato começou.
"Ainda que não seja, [a ida de Lula para a Casa Civil] parecerá um constrangimento absolutamente gravoso ao Supremo Tribunal Federal. Ainda que não seja, parecerá que Lula estava querendo fugir de um juiz severo entre aspas [Sérgio Moro] para, presumindo impunidade, se abrigar na jurisdição do Supremo."
Apesar das críticas às últimas ações de Lula e Dilma Rousseff, o ex-ministro acredita que o impeachment é um golpe orquestrado pelo PMDB e pelo PSDB, um "grupo de cleptocratas", sob a batuta do "chefe da facção", o vice-presidente Michel Temer, e seu "aliado íntimo", Eduardo Cunha.
"O sindicato de ladrões agora é uma coalizão PMDB/PSDB, acertada em jantares em Brasília. Com detalhes de como vão repartir o governo, como o Michel Temer tem que assumir anunciando que não é candidato à reeleição. Como vão desarmar a bomba da Lava Jato, porque começou a sair do controle. Porque os políticos começaram a ver que pode sobrar para o lado deles. Isso é o que tá apalavrado, num jantar em Brasília, pelos cleptocratas do Brasil."
Sobre sua disposição em se candidatar à Presidência em 2018, Ciro diz que não quer repetir o que Lula fez: "vender a alma, beijar a cruz, se cercar de bandidos". "Quem quer que seja, tem que dar satisfações à lei e à Justiça... Agora, é o Michel Temer que vai moralizar o País? É o Eduardo Cunha?", provoca.
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