Candidato as eleições presidenciais em 2018, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) teceu duras críticas ao PT e ao presidente da República, Michel Temer (PMDB), durante 2º Encontro Folha de Jornalismo, nesta terça-feira (20.02).
Segundo Ciro, Michel Temer está usando a situação de violência no Estado do Rio de Janeiro para melhorar sua popularidade em ano eleitoral, e classificou a intervenção das Forças Armadas no Estado como um grande factoide.
“O governo Federal assistiu omissa a escalada dos indicadores de homicídio, assistiu calada e omissa a escalada dos indicadores de roubo, porque é o assalto que assusta a sociedade brasileira, assistiu omissa a escalada do narcotráfico, praticamente não renovou em nada, ao contrário, este ano Michel Temer cortou 12% do orçamento da Segurança Pública da União Federal, portanto, essa iniciativa é factoide”, acusou Ciro, dizendo que a intervenção das Forças Armadas será uma grande decepção.
Ciro afirmou ainda que o Decreto foi usado como manobra “politiqueira e mal-intencionada” do presidente para melhorar e sua popularidade.
“Hoje o governo evidentemente mostra que está esperneando, trocou de agenda, saiu do impopularíssimo da Reforma da Previdência com um factoide, formado pela grande comoção no Rio de Janeiro - mas com grande repercussão pública, o Estado está assustado com a violência, e está absolutamente angustiante conviver com a impotência do Estado de Direito Democrático, e a desmoralização das autoridades”, declarou pedetista.
Segundo Ciro, o governo Federal fechou os olhos para o índice de criminalidade e agora está usando “o factoide” para se beneficiar.
“É natural que superficialmente as pessoas não são obrigadas a ter a reflexão que nós hoje operadores do Estado temos que ter, elas vão sentir lá no Rio, que houve uma iniciativa coerente com o drama do seu coração, portanto, isto é positivo para o governo”, pontuou.
Já sobre o PT e seu passado de aliança com a sigla, Ciro relembrou sua história de apoio ao ex-presidente Lula. Segundo ele, foi docemente enganado pelo PT nas eleições que elegeram a presidente Dilma.
“Em 2010 depois de ter sido enganado, docemente enganado, porque eu sabia que estava sendo enganado, apoiei a Dilma, em 2014 apoiei a Dilma, o Ceará foi o único Estado do Brasil que deu dois terços dos votos contra o impeachment, e veja que a Dilma na data estava impopularíssima”, relatou.
Entretanto, o pedetista afirmou não acreditar na inocência dos petistas envolvidos em corrupção. “Eu penso assim, o PT tem que fazer uma autocritica, o Antônio Palocci está preso ou não está?. Palocci mandou na economia do país por delegação do PT por oito anos. José Dirceu esteve preso, não é possível que todos eles são “santos”!, que o povo brasileiro tem que dizer amém a todo esse tipo de contradição, isto dito porque sou o homem que defende”, concluiu Ciro dizendo ser do PDT e não do PT.
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