O deputado federal por Mato Grosso, Carlos Bezerra (PMDB), está sendo acusado de “torrar” dinheiro público com gráfica de fachada de Brasília. A denúncia foi feita hoje (05.08) pelo site Congresso em Foco – clique e confira reportagem na íntegra.
De acordo com a reportagem do site, em três anos, Bezerra utilizou R$ 392 mil da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) – antiga verba indenizatória, com a Gráfica e Papelaria BSB.
No entanto, conforme o site, a Gráfica Papelaria BSB não possui nenhuma impressora, bobina ou funcionário, e ainda, “o endereço da empresa é a residência do dono, uma casa simples no setor “P” Norte, de Ceilândia, cidade do Distrito Federal, no final de uma rua pavimentada, mas cercada por outras de terra” diz trecho da reportagem.
O proprietário da Gráfica, Edivaldo Oliveira, disse ao Congresso em Foco “que fez contato com uma pessoa de nome Samuel, genro do deputado Carlos Bezerra, porém, oficialmente, Samuel não trabalha no gabinete”.
A reportagem cita ainda, que o dono da gráfica afirmou terceirizar o serviço, no entanto, não revelou quais seriam as verdadeiras gráficas que imprimiram os materiais gráficos.
Mensalmente o deputado vem apresentando nota fiscal da gráfica com valores que variam de R$ 5 mil a R$ 30 mil por nota fiscal. A última nota apresentada foi em fevereiro, no valor de “R$ 20 mil para ser reembolsado pela impressão de 140 mil informativos em cores no tamanho de uma folha A4, comum em escritórios e papelarias”.
Segundo a reportagem do Congresso em Foco, foi solicitado um orçamento para três gráficas de grande porte de Brasília, para impressão de “140 mil exemplares de um informativo semelhante ao indicado na nota fiscal apresentada por Bezerra”, e os valores apresentados foram bem aquém do que o deputado tem gasto com a impressão. O site aponta que “em formato frente e verso, com apenas duas páginas cada, os preços foram especificados em menos da metade do informado pelo deputado à Câmara: R$ 7.980, R$ 8.106, R$ 9.940”.
Vale destacar que a Gráfica BSB consta registrada na Receita Federal, e o proprietário garantiu ao site Congresso em Foco “que todos os materiais gráficos foram produzidos, entregues aos parlamentares e tiveram uma amostra conferida pela Câmara por meio do Núcleo de Controle da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar”.
Abaixo foto tirada pela reportagem do Congresso em Foco do local onde deveria funcionar a gráfica:
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