As mulheres brasnortenses e os candidatos a vereadores do PL no município de Brasnorte (545 km de Cuiabá) manifestaram repúdio ao vereador Reginaldo Martins Ribeiro, conhecido como "Carreirinha" (MDB), candidato à reeleição, por falas misóginas contra a dignidade feminina.
A indignação é por conta de um áudio de Carreirinha se referindo às mulheres como "quenga" e os homens como “cornos” por manifestar apoio ao candidato a prefeito do município, Delegado Eric Fantin (PL), filmado fazendo sexo com uma mulher não identificada.
Carreirinha afirmou no áudio que três classes defendem o delegado, segundo ele, “quenga, corno ou emocionado”.
A fala causou indignação em razão da questão da fidelidade partidária, que obriga o candidato a vereador pedir votos para o candidato a prefeito do partido ou partido coligado. A declaração generalizada causou indignação e cobrança das mulheres.
Em entrevista ao 
, a vereadora Maria Célia Poletto (PL), candidata à reeleição, presidente do PL Mulher, afirmou que uma moção de repúdio será votada na sessão ordinária desta sexta-feira (20.09) contra o parlamentar. “Estamos todos constrangidos, não somente as mulheres, mas os homens também.”
Em ofício, as mulheres também pediram apoio à deputada Janaina Riva (MDB) contra os ataques do vereador. “Solicito assim, a emissão de manifestação pública repudiando a atitude do vereador denegrindo a imagem das mulheres do município de Brasnorte, a fim de promover o respeito e a dignidade de nós cidadãs em todas as esferas sociais”, cita trecho do ofício.
O Partido da Mulher Brasileira (PMB), que também compõem a coligação do candidato a prefeito, Delegado Eric Fantin, também manifestou repúdio pela omissão do Departamento da Mulher/Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e integrantes do projeto "Mulheres de Fibra", em Brasnorte/MT" diante dos ataques que as mulheres.
“Esse silêncio do Departamento da Mulher compromete a sua legitimidade enquanto representante do movimento feminino. Acreditamos na força desta entidade, que tem o seu trabalho voltado para a defesa dos direitos das mulheres. Mas repudiamos sua omissão, quando não se manifesta sobre as falas machistas e misóginas dirigidas às mulheres. Ao agir assim, deixa transparecer que tal omissão poderia ser de cunho político, pois o agressor é um parlamentar da base do governo”, cita trecho da nota.
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