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Política Quarta-feira, 17 de Julho de 2019, 14:22 - A | A

Quarta-feira, 17 de Julho de 2019, 14h:22 - A | A

Depoimento

Cabo diz que sua delação foi recusada por envolver membros do MPE/MT em grampos ilegais

Larissa Malheiros/VG Notícias

VG Notícias

Cabo Gerson

 Cabo Gerson durante depoimento

O depoimento do cabo da PM, Gerson Corrêa iniciou na tarde desta quarta-feira (17), com a declaração que sua delação não teve efeito porque atingia membros do Ministério Público.

Ele confirma que os grampos ilegais foram feitos a mando do ex-governador Pedro Taques e o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques.

O cabo revela como deu início os grampos da deputada estadual, Janaína Riva (PSD), quando ainda estava no Gaeco a pedido do MP com objetivo de ver se ela continuava o esquema que era comandado pelo seu pai, investigado na Operação Metástase.

O objetivo era os fatos cometidos pelo pai dela, ex-deputado estadual Geraldo Riva continuava em seu gabinete, já que em seu gabinete haviam os mesmos funcionários", diz Gerson

Gerson agora revela o porquê deu início as investigações de uma suposta ameaça a ex-juíza Selma Arruda. Ele narra que no segundo semestre de 2015 chegou para Selma notícia que dava conta de que ela estava sofrendo ameaças, dentro da gravidade dos fatos, ela buscou por ajuda dos membros do MP.

“A doutora Selma esteve no Gaeco para revelar este fato, sendo determinado para mim, pelo doutor Marco Aurélio, para averiguar este fato. Foram incluídas diversas informações em um relatório fantasioso que nada tinha a ver com os fatos, para subsidiar a peça, para poder fazer a interceptação dos telefones dos prováveis envolvidos” conta.

Segundo ele, o “relatório fantasioso” foi acompanhado por Mauro Aurélio e que não foi constatado que existia ameaça contra Selma. “Não existia ameaça contra ela, a não ser ela bisbilhotar a vida dessas pessoas. Entre elas, Toninho Barbosa e Silval Barbosa”.

Ainda assim, sem nenhum elemento que apontasse para ameaça contra Selma, Gerson diz que houve pedido dos promotores para prorrogar as investigações.

A prática de fazer relatórios fantasiados dentro do Gaeco ocorre em longa data, conforme ele, já que somente com a narrativa de um relatório é que se subsidia o pleito de interceptação.

O militar também descreve como fato de irregularidades que o MP colocou como requentado, operação arqueiro, ouro de tolo em 2015. O objetivo da operação arqueiro era apurar esquema de servidores que usavam empresas de fachadas, usando empregados e servidores como laranjas. Em 2013 as interceptações telefônicas foram identificadas diálogos comprometedores que envolvia a ex-secretária Roseli Barbosa.

Porém, o Gaeco, para não perder o poder de investigação, somente investigou secretários-adjuntos da Setas/MT. Essa era uma seletividade para que o Gaeco mantivesse nas investigações para que o processo não subisse ao Tribunal de Justiça.

Ele conta que inseriu os números dos telefones da família Barbosa na forma de Barriga de aluguel para deflagrar a operação ouro de Tolo, a pedido dos promotores Marco Aurélio e Samuel Frungilo.

Atualizada às 14h50min - O promotor Vinicius Gahyva interrompeu o depoimento e disse que terá chamar o MP para se defender das acusações do cabo. E é alertado pelo juiz Marcos Faleiros para se ater aos fatos narrados.

Em continuidade a sua narrativa, Gerson conta que a operação Operador, ocasião do cumprimento da prisão do então deputado Riva, foi palco de registro áudio e visual. Afirma que o promotor Marco Aurélio fez com que a prisão chegasse à mídia, usando desses artifícios.

"A Operação é deflagrada com áudio e imagens para sair no Fantástico". Ele denuncia que houve uma combinação entre a prisão de Riva e vinculação das imagens na TV.

Ainda em relação à família Barbosa, ele diz que foi identificado que o ex-governador Silval estava em contato com o desembargador Marcos Machado, após prisão da ex-primeira dama Roseli Barbosa. Foi feito o recorte dos áudios e repassado em mãos para Marco Aurélio. Os áudios ficaram no sistema guardião e foi divulgado em setembro. No entanto, foram divulgados na TV posteriormente.

“Marco Reginold me procurou no comando querendo provocar uma dúvida em mim, querendo jogar a culpa na polícia civil sobre a divulgação dos áudios” conta.

Atualizada às 15h10min - Ele começa a falar sobre o ex-prefeito de Sinop, Juarez Costa. Disse que foi feita interceptação telefônica nele na época que antecedia as eleições municipais de 2016, no sistema barriga de aluguel. Ele afirma que não estava nesta operação, mas fato mostra como Gaeco trabalhava.

"Independente de estar no Gaeco este fato demonstra o modis operandis do Gaeco".

Gaeco estava interceptando 14 terminais dele e nenhum desses números era o prefixo 66 do qual Juarez usa.

O cabo afirmou que a placa do Ministério Público ele recebu das mãos do procurador de justiça, Paulo Prado. E posteriormente, ele destruiu. Segundo ele, estava guardada na casa de sua mãe, mas com receio de uma busca e apreensão, ele destruiu a placa. Ele diz ter sentido muito ter destruído, que se soubesse que não haveria buscas, teria a placa até hoje como prova.

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