Defensor de políticas públicas que fomentem os pequenos empreendedores e a agricultura familiar, o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), cobrou a abertura de mercado como oportunidade de venda dos produtos nos grandes centros atacadistas de Mato Grosso.
A defesa de Botelho foi feita, nesta quarta-feira (02.06), durante visita à pequena indústria de alimentos Harina Vilu, que produz farofas artesanais e já se prepara para o lançamento de novos produtos, como linha de temperos e a farofa de banana.
Situada no bairro Jardim Ubirajara, em Cuiabá, a Harina Vilu, entrou funcionamento pouco mais de um ano, e enfrenta dificuldades para superar problemas em decorrência à pandemia e à abertura de mercado. Mesmo assim, mantém ritmo frenético de produção, gerando empregos diretos e indiretos, inclusive, fomentando a agricultura familiar, ao gerar demanda da produção de mandioca, passando pela produção da farinha, até chegar ao preparo da farofa artesanal, produto que abastece feiras e supermercados.
Andréia Steell, idealizadora da indústria, pediu apoio ao deputado para que os pequenos continuem suas atividades com a ajuda dos grandes empreendedores. Disse que abriu a empresa uma semana antes da pandemia e desde então tem sido muito desafiador se manter no mercado.
“Empreender durante a pandemia foi ainda mais difícil. Por isso, agradeço ao deputado a visita para conhecer a minha empresa, nos dando esse apoio, com projetos voltados ao pequeno empreendedor. É um deputado que olha bastante para esse tipo de trabalhador. Pois, temos grande dificuldade para ingressar com nossos produtos no mercado, que está fechado com grandes fornecedores. Não podemos esperar, precisamos de oportunidades”, disse Andreia Steell, ao acrescentar que é preciso incentivos para o consumo de produtos locais.
Produção – Com capacidade de produzir até mil quilos de farofa, a Harina Vilu já tem novos desafios, como a de investir na oferta de Cebola em flocos, Alho Laminado desidratado, Alho em Pó, Pimenta Dedo de Moça desidratada para o preparo da farofa. Nova linha de temperos também será lançada.
“É um apelo ao deputado porque o comércio está fechado com os fornecedores e nos pedem para esperar. Fica inviável, queremos seguir produzindo, faço apelo para que as grandes empresas nos deem oportunidade, pois temos produtos para todas as classes sociais”, disse a proprietária.
Adriana Souza Gomes, produtora de farinha de mandioca, através da agricultura familiar, em Campo Verde, é uma das fornecedoras de matéria prima para a Harina Vilu. Disse que pequenos empreendimentos como esse, fomentam a economia e geram renda. “São 10 famílias que produzem farinha de qualidade na Produtos Dona Ijailda & Do Vale graças à demanda gerada pela indústria alimentícia”.
Acompanhado do assessor Ricardo Adriane, Botelho conheceu a fábrica e ficou admirado com tantas opções de produtos artesanais de alta qualidade para satisfazer os gostos mais exigentes. Em vídeo, cobrou a abertura de mercado dos grandes empresários. Disse que incentivos são criados para fomentar a cadeia produtiva.
“É preocupante ver a cuidadosa produção e as dificuldades que enfrentam para colocar os produtos no mercado. Pedimos que os grandes abram as portas para os pequenos empreendedores, para o comércio local, através deles vêm as pessoas que entregam a farinha, a cebola, as que trabalham aqui, que consomem produtos da agricultura familiar. Peço que entrem no comércio do ganha-ganha e valorizem quem é daqui. Vamos abrir as portas para as pequenas empresas, como da Andréia que está batalhando duramente” disse Botelho, ao citar os grandes atacadistas.
Botelho é autor da Lei 11.393/11, que estabelece a certificação de qualidade de alimentos artesanais produzidos com características tradicionais, culturais e regionais, produzidos pela agricultura familiar e microempresas de Mato Grosso.
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