O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (PSB), acredita que pelo menos 18 deputados irão se reeleger - e diz que a delação do ex-governador Sulval Barbosa não irá interferir no processo eleitoral. Botelho citou como exemplo o ex-presidente da Assembleia Legislativa, ex-deputado José Riva, que apesar dos processos que respondia, a cada eleição, aumentava o percentual de votos. A afirmação de Eduardo Botelho foi feita na última terça-feira (19.12), durante coletiva à imprensa.
“Eu acredito que hoje que de 15 a 18 deputados se reelegem. Cada deputado tem sua diferenciada. Tem deputado que tem trabalho muito forte e deve ser reeleito por isso. Até porque, o Riva tinha muitas denúncias, e foi reeleito várias vezes”, opinou.
Neste ano de 2017, deputados estaduais foram envolvidos em escândalos políticos. A maioria ligada à delação premiada de Silval por suposto recebimento de “mensalinho”. Além disso, vídeos foram divulgados na imprensa mostrando deputados pegando suposta propina paga pelo ex-governador.
Apesar disso, Botelho disse à imprensa, que neste momento não será aberto nenhum procedimento investigatório na Comissão de Ética contra nenhum dos deputados, até porque, segundo ele, não chegou nada de “real” apontando envolvimento de parlamentares aos crimes.
“Houve um entendimento de que não tem como começar um processo agora, sendo que nada é factível. Existe a delação, mas ela não diz que isso é verdade. Existem gravações, mas existem várias versões. A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Supremo estão investigando isso. E a decisão será aguardar as investigações. Na hora que chegar algo real na Casa, aí sim vamos tomar providências”, declarou.
O presidente da AL/MT ainda comentou sobre o caso envolvendo o deputado Gilmar Fabris, que ficou 40 dias detido Centro de Custódia da Capital (CCC), por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, acusado de obstrução à justiça durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em seu apartamento, no âmbito da Operação Malebolge.
Eduardo explicou, que a Assembleia agiu de acordo com o que determina a Constituição de Mato Grosso no qual estabelece prerrogativa da AL/MT em analisar e votar pedido de prisão de deputados no exercício do mandato. Ele pontuou que Fabris ficou 40 dias detido porque o Legislativo teve “cautela” em seguir todos os trâmites legais.
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