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Política Quarta-feira, 22 de Junho de 2022, 09:46 - A | A

Quarta-feira, 22 de Junho de 2022, 09h:46 - A | A

"irei colaborar com investigação"

Bolsonaro diz que ex-ministro tem que responder pelos seus atos: “Não dá para me culpar”

Bolsonaro disse que operação mostra que seu Governo não está interferindo na Polícia Federal

Lucione Nazareth/VGN

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (22.06) que Milton Ribeiro foi afastado do Ministério da Educação quando as denúncias de que estaria ocorrendo suposto tráfico de influência na pasta em relação a pastores, e que o ex-ministro terá que responder pelos seus supostos atos. A declaração ocorreu em entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte.

Milton Ribeiro foi preso nesta quarta (22) pela Polícia Federal alvo da Operação Acesso Pago que apura se pessoas sem vínculo com o Ministério da Educação atuavam para a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).  

Leia Mais - PF prende ex-ministro Milton Ribeiro por suposto esquema de liberação de verba

Na entrevista à rádio, Bolsonaro afirmou que a operação é uma prova de que o seu Governo não interfere no trabalho da PF, e que as investigações devem apurar o suposto envolvimento de Milton.  

“O caso do Milton é que ele teria buscado prefeito, gente dele para negociar e liberar recursos. O que acontece? Nós afastamos ele. Se tem prisão, é Polícia Federal. É sinal que a PF está agindo. Ele que responda pelos atos dele. Peço a Deus que não tenha problema nenhum. Mas, se tiver algum problema, a PF está agindo, está investigando e é sinal que eu não interfiro na PF”, declarou o presidente.  

Ele disse que tem mais de 20 mil servidores trabalhando em seu Governo, sendo 23 ministros, e que não pode ser culpado por todos os atos que eles executaram. Além disso, afirmou que irá colaborar com as investigações.  

“Eu tenho 23 ministros, inúmeros cargos em comissão, se alguém fizer algo de errado vai colocar a culpa em mim. São 20 mil pessoas. Logicamente a minha responsabilidade é colaborar com as investigações. Pode ter certeza que essa investigação da PF, eu não irei interferir, e deve ter com certeza participação da Controladoria-geral da União atuando para ajudar a elucidar o caso”, finalizou.

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