O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira (23.07) que a proposta que prevê a implementação do voto impresso no Brasil não será aprovada pela Câmara dos Deputados.
Foi criado na Câmara dos Deputados, a pedido do presidente Arthur Lira (PP-AL), uma Comissão Especial para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que obriga o voto impresso. A proposta é de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).
O modelo não é propriamente dito o retorno das cédulas de papel, e sim uma forma híbrida, com voto na própria urna eletrônica. A diferença é que após cada voto se confirmado, ele seria impresso para uma segunda verificação do eleitor e então depositado em uma urna física – seria uma forma de auditar os votos.
Leia Também - Bolsonaro afirma que vetará aumento do “fundão eleitoral”
Em entrevista nesta sexta (23), à Rádio Grande FM, do Mato Grosso do Sul, Bolsonaro se mostrou desanimado ao falar sobre o assunto, e disse que grande parte dos parlamentares defendiam inicialmente o novo modelo de eleição para 2022, mas que tudo mudou após uma visita do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso.
“Eleições que não sejam limpas, não são eleições. Essa bandeira não é defendida por mim. Sempre foi defendida por, pelo menos 90% dos parlamentares. Por que, de uma hora para a outra, alguns parlamentares mudaram de opinião? Foi após receber a visita do ministro presidente do TSE, Luís Barroso. Depois disso, líderes partidários começaram a trocar membros da Comissão Especial que analisava o voto auditável. Hoje em dia, se botar em votação, ela não passa na Comissão”, declarou o presidente.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).