O ex-governador do Estado, atual senador Blairo Maggi (PR) e o governador Silval Barbosa (PMDB), foram arrolados como testemunhas de defesa do ex-secretário de Estado, Eder Moraes, no processo que ele responde por supostamente operar esquema de crimes financeiros, fraudes e lavagem de dinheiro. Eder está preso desde maio deste ano no presídio da Papuda, em Brasília, por conta das investigações da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).
Conforme já anunciado pelo VG Notícias, as investigações da Operação Ararath, apontam que o governador Silval Barbosa e o ex-governador Blairo Maggi, seriam os principais “mentores” do suposto esquema de lavagem de dinheiro, e Eder Moraes o “executor” do esquema, ou seja, cumpria ordens dadas por Blairo e Silval.
“Evidenciou-se que Eder Moraes Dias era o verdadeiro operador do sistema financeiro ilegal, agindo como articulador e arquiteto das transações identificadas, em muitas delas agiu, no entanto, a mando e no interesse de Blairo Maggi (então governador do Estado e atualmente senador da República) e Silval Barbosa (na condição de vice-governador e atualmente governador do Estado)”, diz trecho extraído dos autos da investigação da Operação Ararath.
Arrolando o ex-governador e o atual, Eder pretende provar a tese de que apenas cumpria ordens dadas, ora por Blairo, ora por Silval.
Entenda - Conforme as investigações, o “trio” adquiria empréstimos ilegais com Júnior Mendonça, por meio de suas empresas que funcionavam como um “banco clandestino”, para serem empregados em fins diversos, incluindo o financiamento de campanhas eleitorais, sem chamar a atenção dos órgãos controladores e fiscalizadores.
Já para quitar a dívida, eles utilizavam empresas, normalmente construtoras. De acordo com o Ministério Público Federal, há indícios de que “foi utilizado um engenhoso esquema para ocultar a origem e natureza dos recursos utilizados para pagamento dos empréstimos contraídos por Silval, Blairo e Eder, com a utilização, mais de uma vez, de pessoas jurídicas interpostas para a realização de transferências bancárias, havendo indícios de que os recursos empregados nesse esquema sejam resultado de desvio de recursos públicos do Estado de Mato Grosso”.
Ararath - A Operação Ararath, foi deflagrada em cinco fases, até o momento, pela Polícia Federal (PF) em novembro de 2013, e apura crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. Por meio de operações de empréstimo fraudulentas, as empresas lavavam dinheiro e fraudavam o sistema financeiro, movimentando mais de R$ 500 milhões em seis anos.
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