O deputado estadual, Carlos Avallone (PSDB), em entrevista à imprensa, nesta semana, relatou sobre o pedido da defesa, para que a íntegra do vídeo, feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), anexado como prova no processo, que cassou seu mandato, seja divulgado. Ele foi cassado em dezembro de 2020, por suposto crime de ‘caixa dois’ no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).
Consta dos autos, que o então candidato declarou despesas na ordem de R$ 999.996,00, mas três dias antes das eleições, um policial rodoviário federal apreendeu R$ 89.900,00 mil, em veículo de sua campanha, que estava adesivado no vidro traseiro e com santinhos do candidato.
Na ocasião, três homens foram detidos e a ação foi gravada pelo policial na BR-070, no município de Poconé. Um dos detidos gravou depoimento confirmando que o dinheiro pertencia a Avalone.
“O depoimento que o policial apresentou, ele mesmo disse que quando ele aborda alguém, ele já está gravando. Ele gravou desde a abordagem até o depoimento do ‘cara’, mas ele só apresentou 20 segundos. Então, nós queremos que ele apresente a fita toda, para que seja colocado tudo que aconteceu lá, e não a edição de um pedaço da fita”, afirmou o deputado destacando que houve uma edição do vídeo.
Avallone afirmou que a decisão poderá ser modificada, pois ingressou com embargos de declaração no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) e depois ainda vai ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Entrei com embargos de declaração que vão explicar coisas que não ficaram bem explicadas naquela decisão, pode até haver mudanças em cima disso. Depois de ser julgado esse embargo aqui em Mato Grosso, ele sobe para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e vai ser julgado em Brasília. Aqui não houve muita análise do mérito e lá em Brasília a gente acredita que esse mérito vai ser estudado. O que eu garanto para vocês é que eu não cometi os equívocos que foram colocados e vou provar isso. Teriam que provar contra mim, mas estou numa fase que eu tenho que provar que os recursos (R$ 89.900,00) não eram realmente meus”, justificou.
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