Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo
Relator afirmou que dados apurados apontam cenário de riscos "impressionante" da vacina
A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou nessa segunda-feira (26.04) os pedidos de Estados e municípios para importação da vacina Sputnik V, usada na imunização contra o coronavírus (Covid-19).
Entre os pedidos constava do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), que no fim do mês passado anunciou a compra de 1,2 milhão de doses da Sputnik V, após negociação conjunta entre os Estados do Consórcio Amazonas, Consórcio do Nordeste e o fundo soberano da Rússia. O custo é de U$ 9,95 cada dose.
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Na sessão dessa segunda (26), as gerências técnicas da Anvisa, sendo elas de medicamentos, fiscalização e monitoramento apresentaram pareceres contra a importação das vacinas. Eles apontaram que não receberam relatório técnico capaz de comprovar que a vacina atende a padrões de qualidade; e que foram encontradas falhas de segurança associadas ao desenvolvimento da vacina.
Conforme a Gerência de Medicamentos, o adenovírus usado para carregar o material genético do coronavírus é capaz de se reproduzir podendo causar doenças; como também não se conseguiu identificar os fabricantes da matéria prima do imunizante.
O relator do processo, Alex Machado Campos, afirmou que Sputnik V é um “mar de incertezas” e pode trazer riscos para as pessoas que tomarem a vacina. Os demais quatro diretores seguiram voto do relator denegando assim o pedido de importação da vacina.
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