A Assembleia Legislativa do Estado pode vir a criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especializado contra o Crime Organizado (Gaeco), contra a Secretaria Estadual de Educação (Seduc/MT), por supostas fraudes em licitações e contratos administrativos de construções e reformas de escolas, descobertas por meio da operação Rêmora. A informação é do deputado estadual Emanuel Pinheiro (PMDB).
De acordo com o peemedebista, ele irá acompanhar os desdobramentos da operação, a qual ele acredita que terão novas fases, para então, avaliar a propositura de uma CPI.
“Vamos ver os desdobramentos, novas fases devem ocorrer e dependendo do que vier daqui para frente não podemos deixar de avaliar a criação de uma CPI, para investigar essa questão o escândalo da Seduc. Se vai ter ou não é outra história, mas vamos avaliar” declarou em entrevista à Rádio CBN Cuiabá nesta segunda (16).
Pinheiro lembrou que a Seduc é a pasta com maior orçamento e é a única Secretaria que o governador Pedro Taques (PSDB) deu para o PSDB - partido do governador.
O deputado classificou como “estranho” Taques não ter tomado nenhuma atitude mais “drástica” contra a corrupção na Secretaria de Educação. “Sei que é sério, mas explodiu uma corrupção na frente dele, se ele não enfrentar de frente, sem tentar minimizá-la o impacto é muito sério. No governo de Taques soa defendidos dois pilares: a credibilidade e o combate à corrupção, se ele fraquejar neste aspecto, e fraquejou, pois o comportamento dele foi igual a todos os gestores envolvidos, defendeu os aliados, afastou alguns envolvidos, se ele não cuidar, pois já havia conhecimento e já havia sido alertado, levanta uma nuvem de suspeita grande. Mas, a credibilidade do governador faz com que de cara o defendemos” destacou.
No entanto voltou a cobrar mais rigor de Taques. “Para que isso fique claro, cristalino e transparente, ele tem que enfrentar com o rigor que exige. A cada investigação sua equipe de governo tem que esclarecer, tem que ser devidamente esclarecido sob pena de comprometer os pilares da sua gestão atual” pontuou.
Entenda – Em 03 de maio deste ano, o Gaeco deflagrou a operação Rêmora, para combater fraudes em licitações e contratos administrativos de construções e reformas de escolas que estavam ocorrendo na Seduc/MT, desde outubro de 2015 –gestão Pedro Taques.
De acordo com o Gaeco, as irregularidades envolveram pelo menos 23 obras de reforma e construção de escolas públicas, na ordem de R$ 56 milhões. Três servidores da Seduc/MT foram apontados como integrantes.
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