Os deputados retomam nesta semana a votação do Projeto de Lei nº 619/2021, que dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de câmeras de vigilância no interior de viaturas, aeronaves, coletes e capacetes dos integrantes dos órgãos de segurança pública em Mato Grosso.
A proposta, de autoria do deputado Wilson Santos (PSDB), foi criticada pelo deputado Elizeu Nascimento (PL), João Batista (PP) e demais deputados da Segurança Pública de Mato Grosso.
Contrário à instalação de câmeras na farda, Elizeu afirma que a proposta engessa o trabalho policial por tirar a autonomia do policial: “Há tempo ainda de corrigir essa atrocidade que querem fazer. Isso tira a liberdade do policial. Hoje temos tantas formas de fazer a fiscalização. Hoje todas as pessoas têm um aparelho celular, existe exame de corpo de delito, existe a Justiça para isso”, criticou o deputado Elizeu Nascimento.
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Ele ainda avalia que o material será objeto de estudo inclusive para os criminosos. Segundo o deputado, mesmo que a primeiro momento a determinação é que as imagens não serão divulgadas, a tendência é que tudo ficará exposto.
“Acredito que isso é dar alimento para o Comando Vermelho, para o PCC, para ensinar esse povo bater de frente com a Polícia. Alguns tipos de coisa que nós temos que começar observar atentamente, porque a forma que você coloca a câmera na farda de um policial para poder mostrar toda a atividade dele 24 horas por dia é você ensinar bandido a atirar na polícia, saber a forma com que ele se comporta dentro de uma viatura, é uma série de fatores contrários.”
Até o momento, segundo o deputado Elizeu, o projeto voltou para a Comissão de Segurança e vai receber um substitutivo integral.
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