A 14 dias da diplomação do prefeito eleito nas últimas eleições, Walace Guimarães (PMDB) a coligação da candidata derrotada nas urnas, Lucimar Campos (DEM), corre contra o tempo para tentar barrar o processo eleitoral. A coligação da democrata não está de brincadeira, e levaram o caso, das supostas fraudes eleitorais, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com intuito de garantir uma investigação mais profunda sobre o caso.
Na tarde desta terça-feira (04.12) os advogados da coligação “Unidade Social Democrática”, Antonio Carlos Kersting Roque e Garcez Toledo Pizza, estiveram em audiência com a presidente do TSE, ministra Carmem Lucia Antunes Rocha, para relatar os fatos à magistrada. Os juristas apresentaram documentos onde apontam que há indícios de fraudes nas eleições de Várzea Grande, realizadas em 07 de outubro deste ano, e que, conforme os advogados, até mortos votaram.
Em entrevista ao VG Notícias, o advogado Garcez Toledo Pizza disse que eles foram bem recebidos pela ministra, e que ela se interessou pelo caso, pois, conforme Garcez, a ministra preza por uma eleição limpa. “Inclusive, a ministra Carmem Lúcia disse que tem interesse nas apurações, pois quer um processo eleitoral limpo”, destacou.
De acordo com Garcez, eles expuseram à ministra todas as supostas fraudes eleitorais, tais como os títulos falsificados encontrados jogados debaixo de uma ponte em um bairro periférico do município, a lista dos eleitores que já faleceram, mas que tiveram os votos registrados no Tribunal Regional, e ainda, situação em que eleitores justificaram os votos, porém, foram computados pelo TRE, além de ter apresentado a representação protocolada na 49ª Zona Eleitoral, onde pede a suspensão da diplomação dos eleitos.
“Explicamos para ela, que em Várzea Grande tentaram desmoralizar a justiça nas últimas eleições, devido aos acontecimentos fraudulentos que vem sendo descobertos. A ministra Carmem Lucia nos ouviu atentamente e disse ter interesse em apurar os fatos”, destacou o advogado.
A ministra encaminhou os advogados para falar com a Corregedoria Geral Eleitoral. Logo mais, às 18h, os defensores da coligação de Lucimar, se reunirão com a corregedora-geral, ministra Nancy Andrighi. “A ministra Carmem Lúcia nos encaminhou para falar com a ministra Nancy para que ela tome todas as providências, além de cobrar um procedimento para apurar melhor o fato”, disse Garcez.
Os advogados relataram ao VG Notícias que ficaram otimistas, porque sabem que a Corregedoria irá tomar as providências que o caso requer.
Entenda - A coligação protocolou uma representação eleitoral na 49ª Zona eleitoral pleiteando a anulação das eleições municipais de Várzea Grande e investigação dos dois maços de títulos de eleitores falsificados e encontrados jogados debaixo de uma ponte em um bairro periférico do município, além de investigação dos mortos que tiveram seus títulos de eleitores usados no processo eleitoral. Solicita ainda, em medida liminar, a suspensão da diplomação dos candidatos eleitos na eleição municipal.
Conforme a representação, no dia das eleições ocorreram fatos ilícitos que teriam o condão de anular o processo eleitoral, tais como ocorrências em que eleitores foram impedidos de votar em razão de terceiras pessoas terem exercido o direito de sufrágio em seus lugares e títulos de pessoas já falecidas que foram usados para o exercício democrático.
Atualizada em 18:21: Os advogados Garcez Toledo Pizza e Antonio Carlos Kersting Roque, informou à reportagem do VG Notícias, que foram recebidos no final da tarde desta terça-feira (04.112), pela ministra Nancy Andrighi, corregedora-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e que ela ficou estarrecida com o fato de "mortos terem votado" nas eleições de Várzea Grande.
Pizza disse ainda, que a ministra considerou as denúnicas gravíssimas e já determinou que os procedimentos cabíveis sejam instaurados. Segundo Pizza, a ministra corregedora foi taxativa ao afirmar que o TSE luta pela lisura do processo eleitoral - e destacou que vai verificar junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), quais as providências foram tomadas neste caso. "A ministra prometeu que vai acompahnar de perto o caso. Ela ficou estarrecida ao saber que mortos votaram", finalizou Garcez.
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