A votação do pedido de cassação do vereador de Cuiabá, Abílio Júnior (PSC) e a possibilidade do suplente de vereador Oséias Machado (PSC) assumir na proxima terça-feira (09) dominaram os debates na tribuna da sessão ordinária desta quinta-feira (05) da Câmara Municipal.
O protagonista e alvo do processo de cassação por quebra de decoro parlamentar explanou que o parecer contrário da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) - que pediu pela anulação do relatório da Comissão de Ética - pode ser derrubado pela base do Executivo.
Durante a fala, Abílio apontou processos dos colegas: “Vereador Juca a Delegacia Fazendária tá investigando. Vereador Justino Malheiros o seu pedido de cassação tá ai, o senhor está na lista de Riva não é?”. O parlamentar também apontou o comportamento de alguns colegas: “Aqui temos apresentador de TV pau mandado, médico com a saúde na situação que está e não se posiciona”.
Ao finalizar, ele disse acreditar na Justiça e que não estaria na Casa para agradar. "Aqui meu irmão, a única coisa que não pode ter é vereador que fiscaliza. Vereador que fiscaliza incomoda e eu vim para incomodar, eu não vim para agradar”, declarou o parlamentar.
Outro a se manifestar foi o vereador Diego Guimarães (PP): “Na próxima sessão ordinária, na próxima terça-feira, talvez estará na minha esquerda o suplente Oseias Machado. E já anuncio que o chamarei de vereador fake. Porque vereador eleito pelo PSC é Abílio”, exaltou o parlamentar.
O vereador Reinaldo Nascimento (PSDB) disse não ter nada contra Abílio, porém não aprova o comportamento do edil. Ele externou que não se sente bem com a possiblidade de cassação de um colega, mas alertou que todos sofreram por três anos com o comportamento desrespeitoso de Abílio.
“Essa Casa fiscaliza, todos fiscalizam. Eu não vou fiscalizar e fazer selfie da desgraça alheia, vou para resolver! Essas atitudes de mexer com a honra de vários vereadores aconteceu, não é segredo. A Democracia tem que ter limites, se não vira bagunça. O senhor não teve respeito, essa é a verdade”, disse Reinaldo.
A “pressão” entre os parlamentares favoráveis e contrários à cassação do edil antecede a votação que ocorrerá na sessão extraordinária desta sexta-feira (6), a partir das 8 horas, no plenário da Casa de Leis. São necessários 13 votos para cassar o parlamentar.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).