O vereador de Cuiabá, Abílio Júnior (PSC) usou a tribuna na manhã desta quinta-feira (12.12), para pedir desculpas ao colega parlamentar Juca do Guaraná (Avante) e sua família pela exposição causada pelas acusações feitas pela servidora da Secretaria de Saúde Municipal, Elizabete Maria de Almeida. A declaração ocorreu na sessão ordinária da Casa de Leis.
De acordo com o vereador, toda a repercussão que caso ganhou, acabou trazendo prejuízos e expondo tanto para sua imagem quanto a imagem do Juca do Guaraná. Abílio usou uma frase conhecida nos discursos da ex-presidente da República, Dilma Rousseff e citada recentemente pelo atual presidente Jair Bolsonaro. “Ninguém ganhou todo mundo perdeu. Você perdeu, eu perdi, e o fato da sua mãe está envolvido nesse processo me constrangeu bastante”, declarou.
Segundo ele, após uma conversa com os vereadores da Casa de Leis, chegou à conclusão que algumas vezes precisa ser feito pelo menos um reparo, quando não se podem corrigir as palavras que já foram ditas.
O parlamentar admitiu que a servidora Elizabete pode ter mentido ao acusar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de ter dado propina a vereadores na casa de Juca do Guaraná. “Eu acredito que a verdade vai aparecer. E o caso já está sendo investigado pela Polícia Judiciária Civil e o Ministério Público de mato Grosso”.
Abílio ainda lembrou que após as investigações, a servidora vai ter que se explicar perante ele, ao vereador Juca, assim como ao parlamentar Ricardo Saad da Comissão de Ética. “Se ela mentiu, ela vai ter que pagar por isso, e também será responsabilizada sobre isso, e não vai sair barato”, salientou Abílio. Ele ainda reforçou que a servidora usou sua imagem, assim como do colega Juca.
Antes de encerrar, o parlamentar disse que da sua parte colocaria uma pedra sobre o assunto até que os órgãos responsáveis expliquem aqueles fatos. “Não tenho o menor interesse de continuar falando sobre isso”, encerrou o vereador.
Entenda o caso – As palavras ditas pelo vereador são a respeito do caso da servidora Elizabete Maria de Almeida que registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Fazendária no último dia 21 de novembro, onde dizia que teria presenciado o prefeito da capital oferecendo R$ 50 mil mais 20 cargos comissionados a vereadores para “agilizar” a cassação de Abílio, que responde a um processo na Comissão de Ética do Legislativo.
Os fatos relatados pela servidora serão investigados pelo delegado Eduardo Botelho, titular da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor).
O inquérito, que ainda será aberto, investigará o prefeito Emanuel Pinheiro, diversos vereadores e a servidora.
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