"Você não é policial bosta nenhuma”, disse o investigador da Polícia Civil, Mário Wilson Vieira Gonçalves, minutos antes de matar o policial militar Thiago de Souza Ruiz, com nove tiros em uma conveniência, na avenida Estevão de Mendonça, no bairro Quilombo, em Cuiabá. A informação consta em depoimento de uma das testemunhas ouvidas pela Polícia Civil.
Conforme o depoimento, que o teve acesso, a testemunha W.R.A.M.J disse que Thiago de Souza e o policial M.W.V não se conheciam, e que ele os apresentou no dia do crime. No primeiro contato, o acusado teria ocorrido uma desavença: “Você não é policial bosta nenhuma”, disparou o investigador para a vítima.
A testemunha relatou que tentou apaziguar a situação, afirmando que Thiago também era policial. Conforme ele, em um determinado momento a testemunha disse aos amigos policiais: “Oh, pare com isso, vocês dois são policiais, são dois bostas”.
Achando que tinha acalmado a situação, a testemunha deixou Thiago, o acusado [policial civil] e um advogado [que estava com o acusado] conversando no interior na conveniência, mas que minutos depois avistou o policial militar dando um “mata-leão” no investigador, momento que esteve teria desarmado o PM.
No momento da briga, o policial civil efetuou vários disparos contra Thiago. A vítima tentou fugir, mas acabou sendo seguida pelo acusado que seguiu atirando até descarregar a pistola. Leia Mais - Cabo da PM é morto por investigador da Polícia Civil em conveniência de Cuiabá
Outra testemunha, C.P.D.O.N, relatou que após atirar em Thiago, o investigador disse aos amigos que não iria embora do local. “Pode ligar para a polícia, eu vou esperar”, mas acabou sendo convencido por uma terceira pessoa a fugir, entrando em um veículo.
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