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Polícia Quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2025, 07:53 - A | A

Quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2025, 07h:53 - A | A

Operação Frete Umbra

Polícia investiga esquema de desvio de carga de soja que causou prejuízo de R$ 360 mil

A investigação constatou fraudes no transporte de soja que geraram prejuízo superior a R$ 360 mil

Edina Araújo/VGN

A Gerência e a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (GCCO/Draco) da Polícia Civil de Mato Grosso deflagraram, nesta quinta-feira (13.02), a Operação Frete Umbra, com o objetivo de desmantelar um esquema criminoso de compra e venda de grãos no estado. A investigação, conduzida pelo delegado Mário Santiago, revelou a existência de intermediações fraudulentas que resultaram no desvio de cargas de soja, causando um prejuízo estimado em mais de R$ 360 mil às empresas lesadas.

Conforme apurado pelo Portal , duas empresas estão entre os alvos da operação: Excelência Agronegócios LTDA, sediada em Primavera do Leste, e Zaad Agronegócios LTDA, localizada em Cuiabá. Nas empresas, foram apreendidos documentos, celulares e notebooks.

Até o momento, foram expedidos e estão em cumprimento 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá e Primavera do Leste, em Mato Grosso, e em Rosana, no interior de São Paulo. A Polícia Civil ainda não confirmou se houve prisões.

O funcionamento do esquema criminoso

A fraude foi estruturada a partir da contratação de empresas de transporte rodoviário para realizar fretes de soja entre os municípios de Sorriso, Porto Alegre do Norte e Rondonópolis. Para suprir a demanda, essas empresas sublocavam caminhões por meio de plataformas de fretes.

Durante as investigações, os policiais identificaram um dos suspeitos que se passava por intermediário do transporte. No início, ele se apresentava como gestor de frota e era contratado para coordenar os fretes. Posteriormente, recrutava motoristas autônomos para transportar as cargas.

O delegado Mário Santigo explicou que, o esquema funcionava da seguinte forma: os golpistas acessavam anúncios de fretes publicados por empresas que precisavam terceirizar o transporte. Utilizando números de telefone cadastrados em nome de terceiros, eles entravam em contato com as transportadoras se passando por gestores de frota interessados no serviço. Paralelamente, esses mesmos criminosos abordavam motoristas autônomos cadastrados na plataforma, mas dessa vez se apresentando como representantes da transportadora que publicou o anúncio. Dessa maneira, eles faziam a ponte entre as partes de forma fraudulenta.

Após o acerto inicial, o motorista compareciam à transportadora e carregava o veículo com a carga original. Durante o deslocamento para o destino combinado, os criminosos voltavam a entrar em contato com o motorista informando que houve uma mudança nos planos e que o descarregamento precisaria ser feito em outro local, alegando problemas na entrega inicial. Para tornar o golpe ainda mais convincente, eles encaminhavam uma nova nota fiscal com um destinatário diferente. O novo destino da carga, no entanto, não passava de um receptador envolvido na fraude. A empresa que recebia a mercadoria fazia parte da rede criminosa e a carga era desviada, gerando prejuízo à transportadora legítima

Ao rastrear o destino das cargas, a Polícia Civil identificou que o armazém recebedor apresentou notas fiscais emitidas por uma empresa intermediária, que alegava ter adquirido os grãos de uma terceira empresa. No entanto, essa última não possuía registro contábil da mercadoria, o que levantou fortes indícios de irregularidades.

A Polícia Civil alerta empresas do setor agrícola sobre a importância de realizar verificações rigorosas ao contratar fretes e intermediários de cargas, a fim de evitar novos golpes e prejuízos financeiros. (Com assessoria da PJC/MT).

 

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