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Polícia Sábado, 17 de Agosto de 2024, 12:22 - A | A

Sábado, 17 de Agosto de 2024, 12h:22 - A | A

Confira relato

Personal espancada por policial civil expõe fotos da agressão e diz que ex está "curtindo" licença prêmio no Rio de Janeiro

Débora recordou que além dela, S.F. fez outra que chegou a tirar a própria vida usando a arma de fogo dele.

Gislaine Morais/VGN

Quatorze dias após ser brutalmente agredida pelo então marido, o policial civil Sanderson Ferreira de Castro Souza, 42 anos, a personal trainer Débora Sander, 43 anos, decidiu expor em sua conta no Instagram imagens das agressões que sofreu na noite de 3 de agosto.

Leia matéria relacionadaPersonal trainer é agredida pelo marido policial civil em condomínio de Cuiabá

O policial em questão é lotado na Polinter, e foi denunciado pela esposa na madrugada do dia 04. A personal foi agredida na residência do casal, no Condomínio Morada do Parque, em Cuiabá, conforme consta do Boletim de Ocorrência - Nº: 2024.230754.

Débora, ciente de que poderia ser julgada por muitos, afirmou que não se importa com as críticas. Para ela, a decisão de divulgar as imagens tem como objetivo apoiar outras mulheres e lembrá-las de que não estão sozinhas.

Na manhã deste sábado (17.08), em contato com o , Débora revelou estar disposta a falar sobre as agressões. Ela lembrou que, no dia do ocorrido, optou por não se manifestar publicamente devido ao estado emocional em que se encontrava. "Naquele dia, eu não estava em condições de pensar ou raciocinar; estava muito machucada. Mas não vou mais me calar, porque sei que ele já está fazendo novas vítimas. O Instagram dele deveria ser desativado para que ele não continue a fazer novas vítimas", desabafou Débora.

Mesmo estando fora de Cuiabá e sob medida protetiva, Débora confessou que ainda sente medo, pois o policial ameaçou seu filho, que mora e estuda na capital, através de mensagens no WhatsApp.

"Perdi meu emprego, estou longe do meu filho, que está sob ameaça, enquanto ele desfruta de uma licença-prêmio. Quando a justiça será feita? Esta não foi a primeira vez que ele me agrediu, mas foi a primeira vez que tive força para romper essas amarras psicológicas e denunciar", declarou.

Débora também revelou que, no dia das agressões, o ex-marido, com a ajuda de terceiros, conseguiu escapar do flagrante e agora está no Rio de Janeiro, aproveitando a licença-prêmio.

Determinada, Débora afirmou que não se calará e que não permitirá que seu ex-marido permaneça impune pelo fato de ser policial civil. Além das agressões físicas, ela relatou que também foi vítima de violência psicológica, a ponto de sofrer um derrame ocular devido ao estresse.

Débora ainda lembrou que, antes dela, outra mulher, também teria sido vítima do policial, que segundo, ela, teria tirado a própria vida usando a arma de fogo dele.

A Personal se refere a Daiane Tonetta Neitzke, a época tinha 26 anos, e se suicidou, maio de 2020.

Segundo informações da Polícia Militar, a mulher teria se desentendido com o ex- namorado e utilizado a arma dele para se matar. Ela foi encontrada já sem vida.

Leia matéria relacionada - Ex-namorada de policial civil se suicida na casa dele em Cuiabá 

Entenda o caso

Na madrugada do dia 04 de agosto, Débora procurou a delegacia e denunciou que foi agredida pelo então marido, um policial civil, lotado na Polinter. Ela relatou que morava com o suspeito há dois anos, e naquela noite havia sido agredida pelo companheiro.

Foi constatado que a mulher apresentava lesões e requereu medida protetiva.

Reprodução

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