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Polícia Quinta-feira, 17 de Agosto de 2017, 07:55 - A | A

Quinta-feira, 17 de Agosto de 2017, 07h:55 - A | A

MAIS DE 682 FURTOS

Operação prende organização criminosa que agia a mando de presidiários em MT

Redação VG Notícias

PJC

PJC

 

Uma organização criminosa com mais de 60 membros está sem desarticulado e 51 mandados de prisão estão sendo cumpridos na manhã desta quinta-feira (17.08) pela Polícia Judiciária Civil (PJC) em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia.

A operação “Ares Vermelho” mira os acusados de roubo majorados, furtos, receptação de veículos, adulteração, falsificação de documentos, estelionato e lavagem de dinheiro. Dois mandados de prisão expedidos pela 7° Vara Criminal de Cuiabá e uma condução coercitiva estão sendo cumpridos em Várzea Grande e 33 mandados na Capital. 

A operação, segundo a PJC, é fruto de três meses de investigações que levaram a descoberta de uma rede criminosa liderada por membros de uma facção, que agem de dentro de presídios de Mato Grosso, e mantêm alianças com facções dos Estados de Rondônia, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Amazonas.

Ao logo da apuração, a Polícia Civil acompanhou em redes sociais a ação controlada de 35 eventos criminosos envolvendo roubos de veículos, receptação e manobras financeiras de aberturas de contas para depósitos, transferências e saques de valores em bancos, além de ocultação e o comércio de veículos subtraídos e clonados.

As prisões preventivas também são cumpridas nas cidades de Barra do Garças (1), Jaciara (1), Nova Olímpia (1), Chapada dos Guimarães (2), 5 em Campo Grande (MS) e seis em Rondônia.

As conduções coercitivas são cumpridas em Nova Olímpia (2), Sinop (1), Cuiabá (6), Rondonópolis (1) e Estado do Pará (1). As buscas ocorrem em todas as cidades com membros investigados.

Como agiam: Os crimes eram liderados por quatro principais membros da organização criminosa, que estão presos em unidades prisionais de Mato Grosso.

Eles encomendavam veículos para comparsas do lado de fora, que agiam como verdadeiros “soldados do crime”, executando os roubos conforme a necessidade (modelo e cor) da organização. Assim, usando carros clonados promoviam rondas pela cidade, em grupos de três a quatro pessoas, objetivando encontrar vítimas com veículos, de acordo com as características repassadas pelos líderes. Caso encontrassem a pessoa desatenta, embarcando ou desembarcando de seu veículo, rapidamente entravam em contato com seus “superiores” e mencionavam o que tinham à disposição. Se o comando criminoso se interessasse pelo veículo, promoviam o roubo.

Duas características faziam do roubo uma ótima opção e a mais realizada. A primeira pela facilidade de tomar as chaves originais (possibilitando a ação de um criminoso sem conhecimentos específicos de mecânica/elétrica – ligação direta e outros necessários para o furto) e documentos do veículo e bens das vítimas.

A segunda, o perfil das vítimas, que por estarem distraídas ou em momento de descontração, possibilitava a aproximação dos criminosos e uma abordagem armada sem maiores problemas.

A Polícia Judiciária Civil estima que o grupo criminoso tenha sido responsável por 60% dos roubos e furtos de veículos automotores ocorridos nos três meses da apuração. No período da operação “Ares Vermelho” foram contabilizados 682 roubos e furtos de veículos (410 roubados e 272 furtados), sendo atribuído a organização 409 veículos roubados ou furtados na região metropolitana.

O ganho na revenda ou troca dos veículos de origem criminosa rende, em média, R$ 3 mil para os envolvidos. Caso não tivesse ocorrido à recuperação de 90% dos veículos subtraídos em Cuiabá e Várzea Grande, em ação das forças policiais, a estimativa de lucro seria de R$ 1,2 milhão no curto tempo da investigação. (Com informações PJC/MT). 

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