O cantor de trap nacional Oruam tatuou do lado esquerdo do peito o rosto de seu pai, Márcio dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Marcinho VP. A imagem deu o que falar nas redes sociais na última semana, isso por que o homenageado é considerado o principal nome da maior facção do Rio de Janeiro. Outro criminoso que também foi eternizado na pele do jovem de 22 anos é Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes, a quem Oruam chama de "tio”.
“Olha o chefe, meu chefe, Marcinho: esse daqui é o meu pai. Esse daqui é o meu tio, Elias Maluco, e esse daqui é o meu primo Raul (filho de Elias)”, apontou Oruam, mostrando respectivamente as tatuagens. Confira vídeo no final da matéria
Oruam divulgou a nova tatuagem por meio de uma foto no Instagram na quarta-feira (20.12), a imagem gerou uma grande repercussão e fez com que o cantor precisasse usar as redes sociais para rebater os comentários negativos. "Minha família, amo mais que tudo", respondeu o trapper via X (antigo Twitter).
A publicação teve quase um milhão e meio de visualizações, com mensagens de apoio, como a do MC Poze do Rodo. "Não liga, Não rebate, Não dá ideia", disse Poze, que completou aconselhando para Oruam "deixar eles para lá".
Vagabundo tá falando "ele tatuou o Marcinho Vp no peito" FDS é meu pai porra meu pai minha família amo mais que tudo tnc
— ???????????????????? 22 ???? (@mauro_davi6) December 20, 2023
Quem são Marcinho VP e Elias Maluco
Marcinho VP mudou-se ainda bebê para São João de Meriti, na Baixada Fluminense e teve o pai assassinado pouco depois, sua mãe foi presa quatro vezes, fazendo com que ele e os três irmãos fossem criados por uma tia.
Em um livro de memórias escrito na cadeia, o criminoso conta que começou a roubar aos 13 anos, "para comprar roupas de marca". A ascensão veio rápido, e ele logo transformou-se no "dono" do Complexo do Alemão, um dos interpostos de droga mais importantes do Rio.
As condenações de Márcio, por tráfico de drogas e por homicídios, somam 44 anos de prisão. Um dos crimes creditados a ele é a morte do comparsa Márcio Amaro de Oliveira, curiosamente também conhecido como Marcinho VP. Amaro foi encontrado estrangulado em uma lata de lixo no presídio de Bangu 3. A execução teria sido motivada por entrevistas dadas pelo bandido revelando detalhes do funcionamento do tráfico no Rio.
Já Elias Maluco, foi encontrado morto no presídio federal de Catanduvas, no Paraná, em 2020. Condenado pela morte do jornalista Tim Lopes, o criminoso estava em um presídio federal de segurança máxima desde 2007, quando foi enviado com o primeiro grupo de presos do Rio, integrantes da maior facção criminosa do estado. Chamado de "tio" por Oruam, Elias Maluco era comparsa de Marcinho VP.
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