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Polícia Sexta-feira, 30 de Junho de 2023, 08:11 - A | A

Sexta-feira, 30 de Junho de 2023, 08h:11 - A | A

Operação Salmonidae

Empresários que vendem frutos do mar em VG são alvos de operação por sonegação fiscal

Investigação apurou que os suspeitos utilizavam empresas de fachada para comercialização e distribuição de pescado

Redação VGN

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Crimes Fazendários, deflagrou nesta sexta-feira (30.06), a Operação Salmonidae para desarticular uma organização criminosa voltada à prática de sonegação fiscal, falsificação de documentos, uso de selo falso, tráfico de influência e corrupção.

De acordo com a Polícia Civil, estão sendo cumpridos 15 mandados de prisões, 24 mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias, sequestro de bens móveis e imóveis, além de 17 medidas cautelares diversas que são cumpridas nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Poconé, Curvelândia e em Campo Grande (MS). Os mandados foram expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá.

Conforme a PJC, a investigação apurou que os suspeitos utilizavam empresas de fachada para comercialização e distribuição de pescado (salmão, frutos do mar, peixes) nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.

As investigações apontaram que há pouco mais de um ano, a organização vinha, reiteradamente, sonegando impostos e utilizando empresas de fachada, inclusive com a criação de pessoas fictícias, com procurações outorgadas aos responsáveis pelo esquema para a compra de mercadorias nas regiões Sul e Sudeste, que eram revendidas pela beneficiária do esquema criminoso, procurando dar aparência de legalidade à fraude.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), o grupo investigado movimentou R$ 120 milhões em mercadorias, deixando de recolher aos cofres públicos R$ 20 milhões em impostos. Além disso, a inscrição dos débitos em dívida ativa totaliza R$ 15.613.039,60, fato que motivou o bloqueio de contas e sequestro de bens.

Nas investigações constatou-se que o grupo era composto por três núcleos: o primeiro administrativo e financeiro; o segundo contábil e o terceiro composto por laranjas/interpostas pessoas proprietárias das empresas de fachada. Além disso, contavam com facilidades para confeccionar procurações em cartório e tentavam cooptar funcionários para dar continuidade ao esquema ardiloso.

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