A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), cumpriu nesta segunda-feira (17.07) mandados de prisão e de busca e apreensão contra um grupo envolvido no pagamento indevido de serviços médicos na Secretaria de Saúde de Cuiabá. Os mandados fazem parte da Operação “Overpay”.
Na operação estão sendo cumpridos um mandado de prisão do proprietário da empresa investigada [em Várzea Grande]; seis mandados de buscas domiciliares, sendo cinco contra alvos com endereços em Cuiabá e um na cidade de Barra do Bugres. Também foram determinadas 12 medidas cautelares,sendo: quatro mandados de suspensão do exercício de função pública de agentes públicos na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, cinco mandados de sequestro de bens, uma suspensão de pagamentos, um mandado proibindo que a empresa investigada realize novas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, além de mandado suspendendo pagamentos em benefício da empresa.
De acordo com diretor da Atividades Especiais (DAE), delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) e as investigações realizadas pela Polícia Civil apontaram indícios de que uma empresa contratada apresentou planilhas à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá com relatório de atendimentos de pacientes e ausência de informações em quantidade além do que efetivamente realizado.
“Durante as investigações verificou-se indícios de que a empresa contratada inexiste fisicamente e que o sócio-proprietário é um ex-servidor público. Verificou-se também que a empresa apresentou planilhas de atendimento de médicos que sequer compareceram nas unidades hospitalares. Alguns profissionais realizaram plantão apenas em determinada unidade hospitalar, mas em planilha apresentada pela empresa constava como se tivesse prestado o serviço em duas unidades ao mesmo tempo”, disse o delegado.
As investigações, conforme o delegado, analisou processos de pagamentos referente aos meses de novembro e dezembro de 2022 e janeiro de 2023 realizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá à empresa contratada para prestação de serviços médicos na Capital.
“Há indícios de que os pagamentos indevidos foram autorizados pelo secretário de Saúde, secretário-adjunto e gestores de contrato da época que, mesmos sabedores das irregularidades, autorizaram os pagamentos de forma integral. Os investigados devem responder pelos crimes de peculato, associação criminosa, modificação ou pagamento irregular em contrato administrativo e falsidade ideológica”, finalizou.
Leia Também - Morre a quarta vítima do acidente na BR 163, em Cláudia neste domingo (16)
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
