Os quatro suspeitos de participarem de uma sessão de tortura conhecida como "salve", contra o jovem Armindo Pedroso de Jesus Neto, 27 anos, nas dependências do Parque Bernardo Berneck, em Várzea Grande, foram identificados pelas iniciais S.M.C.C., 19 anos, F.S. da C., 31, A.R.S., 31 e K.C.V. da C., 32 anos.
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Ao , o delegado da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Caio Albuquerque, disse que receberam uma denúncia anônima informando que havia um jovem rendido, amarrado e prestes a receber um ritual de espancamento “salve”.
Em diligência, os policiais conseguiram chegar no momento em que os suspeitos iniciavam o ritual. Os investigadores deram ordem para que os criminosos deitassem no chão, sendo que quatro deles obedeceram e outros conseguiram fugir.
“Os policiais conseguiram evitar o futuro que tudo indica homicídio, pois em via de regra é o que descama esse tipo de ocorrência. Muitas vezes as vítimas quando conseguem sobreviver ficam com diversas sequelas. Mas hoje, com a rápida ação da polícia, foi evitada a esse mal pior”, declarou Albuquerque.
Questionado pelo se os suspeitos já teriam sido ouvidos e relatado a motivação do crime, Caio disse que informalmente eles disseram que Armindo teria cometido furtos no bairro, crime não aceito pela organização criminosa, e por isso estaria sendo punido pelos atos praticados.
"Nesses casos de "salve", os criminosos iniciam o espancamento, continuam conversando, no meio dessas conversas fazem videoconferência com lideranças presas, e ficam nesses ajustes. Aí geralmente evolui mais um pouco de espancamento. Então esse ritual de "salve" não é instantâneo, e sim depois de muita conversa eles optam pela execução ou acabam deixando a vítima bem machucada, que acaba evoluindo para homicídio".
O delegado disse que eles foram autuados pelos crimes de homicídio tentado qualificado, motivo torpe, crueldade e por ter impossibilitado a defesa da vítima. Os suspeitos serão interrogados e devem aguardar a audiência de custódia.
Dos quatro criminosos, um faz uso de tornozoleira eletrônica e tem passagens criminais por roubo e tráfico de drogas, um outro teria um mandado em aberto pelo crime de roubo, e o restante ainda estaria em verificação.
Indagado se a vítima teria passagens, Caio Albuquerque disse que a informação ainda não foi confirmada.
Armindo permanece em acompanhamento médico no Pronto-Socorro de Várzea Grande (PS/VG), e seu quadro de saúde é estável.
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