O delegado Bruno Abreu, responsável pelo inquérito policial que investiga a morte de Diego Kalininski, 25 anos, no último sábado (04.02), disse que está sendo apurado a legítima defesa, assim como, se teve excesso por parte dos militares. Diego Kalininski foi morto por um policial militar, após resistir a prisão e agredir policiais, no município de Vera (a 460 km de Cuiabá),
Na ocasião, Diego foi morto e seu irmão acabou baleado. Leia matéria relacionada - Jovem resiste a prisão, agride policiais com socos, chutes e acaba morto por PM
Irmão do jovem morto após resistir à prisão, também é baleado pela PM
De acordo com o delegado, os policiais deram dois tiros para o alto e não foi suficiente para parar ação do jovem, que insistia em resistir a prisão. Bruno explicou que os meios disponíveis para os militares era o cassetete, que foi usado anteriormente, no entanto, foi tomado pelo jovem, e outro seria a arma, o que foi utilizado pelo policial para conter a ação.
“O cassetete a vítima [Diego] tomou do policial, então, o que ele tinha disponível? A arma! Gente ele vai usar o quê? A mão? Ele vai usar a arma. Então é isso que vai ser apurado, se teve legítima defesa e vamos apurar se teve excesso”, declarou Bruno em entrevista ao programa Real TV Sinop, da Record TV.
Questionado quanto ao prazo para finalizar o inquérito, o delegado disse que como o réu está solto, são 30 dias – chamado de prazo impróprio, podendo haver prorrogação devido à carga de volume de inquérito, número baixo de policiais, e o caso ser de alta complexidade, onde mais de 10 testemunhas no mínimo serão ouvidas.
Bruno enfatizou, ainda, que tem que considerar que a cidade de Vera tem um policial, um escrivão e um delegado que responde por três cidades, onde tem homicídios – citando Feliz Natal e Sinop.
“Nós vamos tentar, claro, concluir o mais rápido possível, e dar toda atenção para esse caso. Não vamos negar que é um dos casos mais graves da cidade de Vera”, concluiu o delegado Bruno Abreu.
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